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Política

Parlamentares se pronunciam sobre suposta vigilância da ‘Abin paralela’

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Alguns deputados e senadores que, segundo a Polícia Federal (PF), , durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, se manifestaram, nesta quinta-feira, 11.

Mais cedo, a PF cumpriu , do . A lista de monitorados inclui ainda ministros do STF e jornalistas.

Os parlamentares que teriam sido monitorados, conforme a PF, foram: o presidente da Câmara dos Deputados, ⁠Arthur Lira (PP-AL); o ex-deputado federal Rodrigo Maia (PSDB-RJ), o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-), o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o senador Omar Aziz (PSD-AM), o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a ex-deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Atual líder do governo no Nacional, Randolfe disse que o governo Bolsonaro se dedicou a usar o “aparato da União contra os opositores e aqueles que defendiam a vacina”, durante a pandemia da covid-19, em que ele teria sido espionado.

“Enquanto brasileiros estavam morrendo, o governo se dedicava a usar o aparato da União contra os opositores e aqueles que defendiam a vacina”, disse. “Existia uma sintonia fina entre a atuação do gabinete do ódio contra a CPI da Covid e a atuação do aparato brasileiro por meio da agência de inteligência.”

Vieira destacou que a operação da PF mostrou que ele foi “ítima de criminosa e ataques on-line praticados por bandidos alojados no poder no governo passado”. “Isso é típico de governos ditatoriais”, continuou. “O Brasil segue cheio de problemas, mas ao menos do risco de volta da ditadura nos livramos.”

Calheiro disse repudiar que “estruturas do Estado tenham sido criminosamente capturadas para atuar como policias políticas, com métodos da Gestapo, um pântano repugnante e sem fim”. “Sigo confiante nas instituições, na apuração, denúncia e julgamento dos culpados”, escreveu.

Kataguiri declarou ter ficado “feliz” que não foi encontrado “nada que pudessem usar” contra ele e seus assessores, que também teriam sido monitorados. Além disso, que a operação mostra “o caráter autoritário e persecutório do governo Bolsonaro, que estava mais preocupado em perseguir os adversários políticos do que em governar o país”. “Não à toa, perdeu as eleições e entregou o país de volta para o PT”, pontuou. “Por isso tomaremos as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar essas ações criminosas contra mim, meus assessores e mandato.”

Apesar de não constar na lista de espionados, o presidente do Congresso Nacional também comentou a operação. “Contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias, e se utilizar do aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é ato criminoso, que fragiliza não somente a instituição, mas a democracia e a soberania do país”, informou Pacheco em nota.

A PF deflagrou hoje a quarta fase da Operação Última Milha, com o objetivo de desmantelar uma suposta organização criminosa que teria monitorado ilegalmente autoridades públicas e produzido notícias falsas utilizando sistemas da Abin.

Ao todo, os policiais cumpriram cinco mandados de e sete de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR), Salvador (BA), São Paulo e Juiz de Fora (MG).

Entre os alvos, estão ex-servidores cedidos à Abin e influenciadores digitais ligados ao chamado “gabinete do ódio”, supostamente existente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foram presas quatro pessoas: Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Matheus Sposito, que foi assessor da Secretaria de Comunicação Social no governo passado; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal, e Richards Dyer Pozzer.

Segundo a PF, além do suposto monitoramento de autoridades e figuras públicas, a organização também teria acessado ilegalmente computadores, telefones e infraestruturas de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Fonte: revistaoeste

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