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Conselho editorial do New York Times instiga Partido Democrata a falar ‘a pura verdade’ para Biden

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O editorial do The New York Times, o jornal mais influente entre os veículos progressistas dos , pediu nesta terça-feira, 9, que o promova um novo candidato à Branca e “diga a pura verdade” ao presidente do país, .

Embora o jornal já tenha publicado artigos de opinião pedindo a retirada de Biden da , desta vez, foi divulgado um editorial assinado por todo o conselho editorial, que pediu aos líderes do partido que “falem com contundência ao presidente e ao público sobre a necessidade de um novo candidato”.

O texto destaca que Biden, que afirmou precisar “dormir mais” e evitar compromissos depois das 20h, “não deveria tentar realizar dois dos trabalhos mais difíceis e exigentes do mundo ao mesmo tempo: servir como presidente e fazer campanha para a presidência”.

O jornal afirma que os líderes do Partido Democrata estão agindo por respeito a Biden e acreditam que podem ser mais influentes com conselhos privados do que com críticas públicas, mas “uma campanha de sussurros é inadequada neste momento, porque o momento é urgente: quanto mais Biden se agarrar à sua indicação, mais difícil será substituí-lo”.

A publicação também cita uma recente: 74% dos entrevistados concordaram que Biden, que tem 81 anos, está velho demais para permanecer no cargo. A porcentagem que aumentou cinco pontos depois de seu desempenho no debate recente com Donald Trump.

O jornal, historicamente alinhado com os democratas, enfatiza que Biden dá pouca atenção a seus próprios eleitores “e coloca o país em grave risco ao insistir que é o melhor democrata para derrotar Trump”.

“À medida que a situação se torna mais crítica, [Biden] passa a se considerar indispensável”, afirma o editorial. “Ele não parece entender que ele é o problema e que a melhor esperança para os democratas manterem o controle da Casa Branca é que ele se afaste.”

Dez membros do Partido Democrata dos EUA pedem desistência de Biden

Joe Biden Brasil
Mesmo Com Pressão, Biden Insiste Na Campanha Presidencial |Foto: Reprodução/@Potus

Além do jornal, os próprios membros do Partido Democrata têm pressionado o presidente dos para que desista de sua campanha à reeleição. A ocorreu em 27 de junho, e marcou um ponto de preocupação para a legenda.

A idade do atual presidente norte-americano é um fator adicional de preocupação, já que, se reeleito, Biden terminaria seu mandato aos 86 anos. Ele se tornaria o presidente mais velho a ocupar o cargo.

Eles sugerem que Biden deveria ser substituído como candidato à Presidência dos EUA. Essas opiniões refletem uma crescente inquietação dentro do partido.

Alguns deles sugeriram nomes como a atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ou outros políticos para assumir a candidatura no lugar de Biden. Essas sugestões visam garantir uma campanha mais competitiva contra o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

O site norte-americano listou dez integrantes do Partido Democrata que pediram a substituição do presidente na campanha eleitoral deste. A seguir, seus nomes e o que eles disseram:

Foi o primeiro democrata a pedir a retirada de Biden do pleito publicamente. Disse que o presidente não conseguiu “defender de forma eficaz” as suas realizações, nem expor as “muitas mentiras” de Trump durante o debate. Segundo Doggett, aquela discussão deveria servir para impulsionar o atual presidente, mas isso não se concretizou.

Disse ao jornal New York Times, na última quarta-feira, 3, que vai apoiar Biden se ele permanecer na corrida eleitoral, mas defendeu que o presidente deixasse a campanha. “Se ele for o candidato, vou apoiá-lo, mas acho que essa é uma oportunidade de procurar outro”, afirmou. “O que ele precisa fazer é assumir a responsabilidade de manter esse assento e parte dessa responsabilidade é deixar a corrida eleitoral.”

Defendeu que a vice-presidente Kamala Harris assuma a liderança da chapa depois do desempenho “profundamente preocupante” de Biden no debate. “Kamala Harris cresceu em seu trabalho, ela destruirá Trump no debate, vai destacar a questão da escolha, vai energizar nossa base, trará de volta os eleitores jovens e nos proporcionará uma mudança geracional”, afirmou, por meio de sua conta do Twitter/X, na última terça-feira, 2.

Afirmou em post no Twitter/X, na última terça-feira, que “Joe Biden é um bom homem e tem sido um bom presidente”. No entanto, avaliou que “o debate demonstrou de forma perturbadora que ele é incapaz de processar de forma eficaz o caso contra Donald Trump — muito menos inspirar e mobilizar os eleitores para as urnas”.

Disse que a retirada de Biden da disputa de 2024 seria “melhor para o país” e avaliou que a participação do presidente no debate “apenas reforçou” o argumento de que nem Biden, nem Trump deveriam buscar a reeleição. “Merecemos melhor”, disse, em vídeo publicado nas redes sociais. “O presidente Biden deveria fazer o que é melhor para o país e retirar-se da corrida.”

Afirmou no Twitter/X, na última quinta-feira, 5, que Biden deveria desistir pela “preservação da democracia e das instituições”. “É a eleição mais importante da nossa vida”, afirmou. “O que acontecer em novembro irá colocar o nosso país e a nossa democracia em um de dois rumos, e os resultados serão sentidos pelas gerações vindouras. O partido precisa se unir para identificar e mobilizar-se em torno de um novo candidato.”

“Todo mundo viu o que viu no debate”, disse, em entrevista ao canal de TV CNN. “Não tenho nenhum nisso. Por que estamos lutando contra esse desejo inevitável? Dê uma chance ao povo, deixe-os ver quem está no partido, e acredito que há talentos impressionantes no Partido Democrata. Saia do caminho e deixe mil flores desabrocharem.”

Disse à rádio WBUR, na última quinta-feira, que Biden “prestou um enorme serviço ao país”, mas chegou a de “se afastar para permitir que novos líderes ascendam”.

“Senhor presidente, seu legado está definido”, disse, em entrevista ao programa All in with Chris Hayes, do canal MSNBC. “Temos uma grande dívida de gratidão com você. A única coisa que pode fazer agora para consolidar seu legado para sempre e evitar uma catástrofe total é renunciar.”

Ela firmou em nota ter “grande respeito pelas décadas de serviço do presidente Biden”. Mas, pelo que viu no debate, não acredita “que o presidente possa efetivamente fazer campanha e vencer Donald Trump”.

Fonte: revistaoeste

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