O Serviço de Segurança do Estado da Ucrânia (SBU) apresentou nesta terça-feira, 9, evidências de que o principal hospital infantil de foi atingido diretamente por um míssil de cruzeiro russo Kh-101.
“As conclusões dos especialistas são inequívocas – foi um ataque direto”, afirmou a SBU no Telegram. Foram compartilhadas imagens de um fragmento de motor de míssil encontrado no local.
A SBU sustentou que a análise da trajetória e dos danos confirma a autoria russa. No entanto, o país nega e atribui a destruição ao sistema de defesa antiaérea ucraniano.
A Rússia afirma que a destruição do hospital em Kiev partiu de um equipamento de defesa antiaérea da própria Ucrânia. O Kremlin ainda insistiu que Moscou não realiza ataques a alvos civis no país.
ONU enviou equipe a hospital da Ucrânia depois do ataque
A Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma equipe ao hospital depois do ataque. O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, afirmou que crianças estavam recebendo tratamento em áreas improvisadas devido aos danos no hospital Okhmatdyt, o maior hospital infantil da Ucrânia.
Turk mencionou que 12 departamentos foram danificados, incluindo o único laboratório de oncologia e hematologia do país.
O Conselho de Segurança da ONU deve realizar uma reunião especial para discutir o ataque, convocada pelo presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, que prometeu retaliação.
Zelensky declarou no X/Twitter que ainda não se sabe o número exato de vítimas e que “há pessoas debaixo dos escombros”. Ele destacou que todos estão empenhados em resgatar o maior número de pessoas possível.
O ministro da defesa ucraniano, Rustem Umerov, apelou por mais sistemas de defesa aérea para proteger o país. Zelensky tem solicitado repetidamente ao Ocidente por mais apoio nesse sentido.
O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, condenou o ataque, chamando-o de “a mais depravada das ações”.
Fonte: revistaoeste