A Polícia Federal () prendeu um dos principais suspeitos de liderar uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas. A operação foi deflagrada nesta terça-feira, 2. Ronaldo Roland é o principal alvo. Segundo a corporação, o criminoso teria ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A atuação dos agentes federais se baseia na Operação Terra Fértil, cujo objetivo é desmantelar o esquema criminoso de drogas. A operação ocorre nos Estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Roland já foi alvo de outras investigações, incluindo a Operação Dona Bárbara.
Nesta última, ele foi apontado como responsável pelo transporte de drogas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para cartéis mexicanos.
Conforme a corporação, “o homem já fora investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos cartéis mexicanos”.
Drogas enviadas ao exterior e ligações com o PCC
Durante as investigações, a Polícia Federal em Uberlândia (MG) mapeou várias viagens de Ronald ao exterior, especialmente para a América Central e a África.
A relação do criminoso com o PCC surgiu por quebras de sigilo de empresas associadas a ele. Essas movimentações mostraram transações com ladrões de banco e outros criminosos ligados à facção.
Os envolvidos criavam empresas de fachada, sem funcionários, para adquirir imóveis e veículos de luxo para terceiros. Além disso, movimentava grandes quantias de dinheiro, incompatíveis com seu capital social.
Sócios dessas empresas não possuíam vínculos empregatícios há anos, e alguns até receberam auxílio emergencial, de acordo com a PF.
Transações financeiras suspeitas
A corporação também descobriu que algumas dessas pessoas jurídicas realizavam transações com empresas de criptomoedas e outras atividades sem relação com o seu negócio. Isso sugere que os investimentos mascaravam a origem ilícita dos valores.
Estima-se que a organização criminosa movimentou ilegalmente cerca de R$ 5,5 bilhões em pouco mais de cinco anos, em transações suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Medidas cautelares e mandados da PF
Cerca de 280 policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas.
A 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte foi responsável por expedir os mandados.
Fonte: revistaoeste