Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, assegurou nesta quinta-feira, 20, que os reajustes da aposentadoria e do salário mínimo estão mantidos para o próximo ano. A declaração foi feita à imprensa logo após o ministro ter participado da reunião da diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Rio de Janeiro.
“Não há mudança de regra agora. É o que está valendo. Ninguém vai mexer com o salário mínimo e com os aposentados. Não tem isso de mudar regra para prejudicar o trabalhador”, enfatizou. O novo valor, que passa a vigorar em janeiro, deverá cobrir pelo menos a inflação, de acordo com Guedes.
Durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda., o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou o anúncio do ministro. O chefe do Executivo também afirmou que concederá reajuste para funcionários públicos federais, caso seja reeleito. “Agora há pouco o Paulo Guedes, anunciou que no ano que vem vai ter aumento real do mínimo e aumento real para servidor público também”, disse o candidato à reeleição.
De acordo com o ministro, a possibilidade de reajustes reais, ou seja, maiores do que a inflação acumulada no período, está sendo estudada. Atualmente, o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias segue a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Guedes afirmou também que o funcionalismo público deve começar a ter reajuste nos seus vencimentos após o congelamento no período da pandemia. Segundo ele, os servidores deram uma contribuição importante e houve aumento de produtividade do setor público com a digitalização de serviços. “Agora acabou a guerra [combate à Covid-19], vamos retomar o aumento do funcionalismo também”, ressaltou.
O ministro explicou, ainda, que o governo já trabalha em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para garantir o pagamento do Auxílio Brasil, atualmente na faixa dos R$ 600, por meio da taxação dos lucros e dividendos distribuídos pelas empresas para seus acionistas.