O primeiro-ministro do Egito, Mostafa Madbouly, revogou a licença de 16 empresas de turismo por facilitarem ilegalmente viagens de peregrinos a Meca, na Arábia Saudita. Os gerentes dessas agências foram encaminhados ao Ministério Público egípcio.
A decisão do primeiro-ministro do Egito foi tomada depois da notificação de mais de 1.100 mortes, muitas delas atribuídas ao calor elevado, durante o hajj deste ano. Diplomatas árabes disseram à AFP no início desta semana que os egípcios foram responsáveis por 658 mortes, sendo que 630 delas foram de peregrinos não registrados. As informações são do jornal britânico .
“O primeiro-ministro ordenou que as licenças dessas empresas sejam revogadas, seus gerentes encaminhados ao Ministério Público e a imposição de uma multa para beneficiar as famílias dos peregrinos que morreram por causa delas”, informou um comunicado do gabinete do governo do Egito.
A declaração destacou que o alto número de mortes foi causado pelas empresas que utilizavam um tipo de visto pessoal inadequado para a peregrinação. Em tais viagens, é necessário um visto específico que permite acesso à assistência médica e aos locais sagrados.
“Organizaram os programas de hajj (peregrinação) usando um visto de visita pessoal, que impede seus portadores de entrar em Meca”, acrescentou o comunicado oficial divulgado pelo primeiro-ministro egípcio.
Um sistema de cotas determina o número de permissões de peregrinação que cada país recebe, as quais são distribuídas aos indivíduos por meio de sorteio.
Ainda de acordo com o , há um incentivo para realizar a peregrinação sem a licença devido aos altos custos dos pacotes turísticos. A rota irregular ganhou popularidade desde 2019, quando a Arábia Saudita introduziu um visto geral de turismo, facilitando a entrada no Golfo Pérsico.
Fonte: revistaoeste