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Política

Neri Geller revela decepção com ministro Fávaro durante saída do governo

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O ex-secretário de Políticas Agrícolas, Neri Geller, afirmou ter saído do de Luiz Inácio Lula da (PT) “chateado” com o ministro da , Carlos Fávaro. Disse não ter intenção de “atirar” no Executivo Federal, mas que visa a “esclarecer” sobre o . O ex-deputado federal presta depoimento na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 18.

“Fiquei chateado, sim, com o ministro da Agricultura pela forma que saí do governo”, disse Neri Geller. “É legítimo por parte do governo me afastar, não teria problema. Mas desde o primeiro momento expliquei que tínhamos uma janela de oportunidade. Minha sempre foi muito clara com apoio da maioria dos técnicos da Esplanada.”

Neri Geller destacou que não foi a favor da abertura de um leilão, mas da “isenção da de 12% de importação para estimular a entrada de arroz no país fora do Mercosul”, mas que foi “voto vencido.” Argumentou que o objetivo de zerar a taxa seria para trazer “equidade” com países integrantes do bloco econômico. 

“E sabíamos que tinham navios vindo de outros países, da Tailândia, mesmo com a alíquota de 12%”, afirmou. Durante a comissão, o deputado Marcel Van (Novo-RS) questionou se essa abertura também tinha objetivo de possibilitar a vinda de arroz da Venezuela. Ele disse não ter “” sobre assunto.

Em depoimento na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 18, Neri Geller alegou que o governo federal “não teve má-, mas um equívoco” quanto à questão do leilão do arroz. O pregão  de quatro empresas por R$ 1,3 bilhão.

O ex-parlamentar ainda falou ter afirmado que não havia a “necessidade do leilão do arroz”, uma vez que já tinha 83% da safra do Rio Grande do Sul armazenada. “Só que não sabíamos se esse cereal estava danificado. Os demais 17% estavam fora das áreas de inundação e poderia ser recuperado”, esclareceu.

“Não seria justo para mim e para membros do PT eu chegar com disse que me disse”, justificou. “Sabíamos que a inflação nacional seria puxada, principalmente, pelo arroz. Mas sempre demos total garantia que não teria desabastecimento, mas que poderíamos fazer um movimento para trazer arroz do exterior para dentro.”

O ex-secretário de Políticas Agrícolas Neri Geller voltou a dizer que foi “ignorado” pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no dia da sua — que ocorreu em 11 de junho, depois da polêmica por causa do leilão do arroz. 

“Eu conversei com o ministro pela manhã e, pela tarde, pedi um novo encontro, mas não fui recebido pelo Fávaro mais”, explicou. “Fiquei umas quatro a cinco horas esperando. Não sei se naquele dia ele estava muito ocupado. Mas, de fato, ele não me recebeu.”

Neri Geller relatou que recebeu a notícia de que seria desligado de seu cargo por e-mail interno. “Estava despachando na sala quando recebi o e-mail informando da minha exoneração ‘a pedido’. Respondi, dando ciência, mas pedi a retificação de que eu não teria pedido demissão”, disse. 

“Eu não pedi demissão. Retifico aqui. Como disse outras vezes, não foi um pedido meu. Escolheram me demitir”, acrescentou o ex-deputado federal.

Fonte: revistaoeste

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