Cientistas da Sociedade Astronômica Americana (AAS) divulgaram, nesta semana, na , um estudo que confirma uma colisão de asteroides gigantes no sistema estelar de Beta Pictoris, vizinho do .
O documento apresentado na reunião explica que o telescópio James Webb detectou uma significativa diminuição na quantidade de poeira espacial ao redor da estrela. Há 20 anos, o telescópio espacial Spitzer observou muita poeira em Beta Pictoris. Segundo os especialistas, isso confirma a mega colisão.
“Beta Pictoris está em uma idade em que a formação de planetas na sua zona de planetas terrestres ainda está em curso, através de colisões de asteroides gigantes”, explicou a astrônoma líder das pesquisas, Christine Chen. “Então, o que poderíamos estar vendo aqui é basicamente a formação em tempo real de planetas rochosos, como a Terra, e outros corpos celestes.”
para entender a Terra
A colisão no sistema vizinho foi gigantesca e pulverizou grandes corpos celestes em partículas de poeira fina. A ciência considera o evento como raro e importante, já que é possível observar de perto o nascimento e a evolução de sistemas planetários. Isso pode mostrar “a olho nu” como foi a formação da Terra.
“A questão que queremos entender é se todo este processo de formação de planetas terrestres e gigantes é comum ou raro”, disse a coautora do estudo, Kadin Worthen. “Será que sistemas planetários como o sistema solar são tão raros?.”
O sistema de Beta Pictoris está localizado a apenas 63 anos-luz da Terra, distância extremamente pequena em escalas astronômicas. Isso significa que, viajando à velocidade da luz (300 mil Km/s), a viagem até lá demoraria 63 anos. A efeito de comparação, a Via Láctea tem um diâmetro de 105,7 mil anos-luz.
Fonte: revistaoeste