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Campanha Junho Vermelho: conscientização e importância da doação de sangue

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Aumentar o movimento de amor ao próximo por meio da doação de sangue é um dos objetivos da campanha Junho Vermelho. Em Mato Grosso do Sul, o Hemosul Coordenador, que abastece o estado, precisa garantir, no mínimo, de 130 a 150 doações diárias para manter os estoques. Mas nem sempre é possível. As coletas diárias chegam, em média, a 110 bolsas.

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Pedro Mariusso Durante Uma Das Suas Doações (Foto: Arquivo/Tv Morena)

“Nós estamos com alguma dificuldade em manter os estoques, principalmente de alguns tipos sanguíneos”, lamenta a coordenadora-geral da Rede Hemosul MS, Marina Sawada Torres, enfatizando que o centro de doações atende todo o estado.

Ouça a reportagem completa da Morena FM 📻:

“Nós temos serviços em alguns municípios que fazem a coleta também. Mas, onde há a demanda que eles não conseguem abastecer, o hemocentro coordenador supre. O tipo mais comum é o O+, mas, por conta disso, é o que mais utiliza. O O- precisa ter um estoque em todos os hospitais, principalmente os que têm pronto atendimento, que precisam ter um estoque mínimo para atender às urgências extremas. Mas a gente fala que todos os tipos sanguíneos são bem-vindos por conta das plaquetas, que têm tempo de validade muito pequeno, de cinco dias.”

Marina Sawada Torres, coordenadora-geral da Rede Hemosul MS.

Do alto dos seus 75 anos, Pedro Mariusso Filho tem orgulho de dizer que foi doador de sangue por cinco décadas ininterruptas.

“Eu falo, a gente não doa sangue, a gente doa vida, que essa é a finalidade. Isso foi um ato nobre pra mim, que durante 50 anos eu convivi com várias pessoas em vários hospitais, aqui no No HU de Campo Grande, principalmente, a oncologia infantil, que é uma coisa muito triste e, por outro lado, gratificante também, você poder acompanhar aquelas criancinhas que precisavam de doação pra tentar sobreviver. Fiz isso por muito tempo.”

Pedro Mariusso Filho

A idade fez com que Pedro tivesse de parar com as doações. “A legislação, infelizmente, dá um prazo para gente encerrar, que é 69 anos, 11 meses e 29 dias. Nenhum dia a mais. Então, apesar de que na época eu me sentia muito bem ainda, igual eu me sinto hoje, eu poderia ter continuado, mas, infelizmente, a gente tem que respeitar.”

Ao longo desse tempo, ele doou sangue até em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Lá, os doadores recebiam dinheiro por isso, mas ele recusou o pagamento.

“Na hora de sair, a moça que fez a minha coleta me entregou um papel, uma tarjeta. Eu falei: ‘Mas o que se trata isso?’ Ela respondeu: ‘Era para sacar da plata.’ Falei: ‘Mas sacar da plata? Que da plata?’ E ela disse: ‘Para pagar a sua doação.’ Falei: ‘Não.’ Era um papel, um vale, a gente se dirigia ao caixa e pegava 20 dólares, parece que era, 20 dólares. Aí eu devolvi o papel e ela não acreditou que eu estava fazendo aquilo voluntariamente. Passada uma semana, eu fui convidado pela governadoria para comparecer numa sessão. Lá eu fui homenageado, recebi diploma. Aí, depois dessa, eu fiz mais três doações. São quatro doações que eu fiz lá, pois fiquei um ano. Foi maravilhoso.”

Enquanto Pedro está aposentado das doações, tem muita gente que está apenas começando. São os menores de idade, a partir de 16 anos, que precisam da autorização dos pais para doar. Este o caso de Yasmin da Costa, que já está em sua 2ª doação.

“Ah, eu sempre quis, quando eu era pequenininha, doar sangue, porque eu vi a minha mãe doando. Aí ela falou que ajudava bastante gente, e eu quis doar. Agora é esperar fazer 18 anos para poder doar medula.”

Após a realização de procedimentos estéticos, é possível doar sangue, seguindo o tempo de espera estipulado pelo hemocentro. Maria Eduarda Coletti, de 23 anos, por exemplo, esperou um ano e meio antes de poder realizar a doação.

“Ah, eu fico muito feliz. Eu sempre venho ajudar quando posso. Sou doadora de medula também, então, estou sempre tentando ajudar as pessoas e fico muito feliz em contribuir.”

Segundo o Ministério da Saúde, uma única doação pode salvar até quatro vidas. Confira abaixo as regras da doação de sangue.

  • Para doar, é necessário estar com boa saúde, bem alimentado e pesar 51 quilos ou mais.
  • Homens podem doar até quatro vezes ao ano com um intervalo mínimo de dois meses.
  • Mulheres podem doar até três vezes ao ano com um intervalo mínimo de três meses.

Em Campo Grande, ainda é possível doar no Hospital Regional e na Santa Casa, o maior consumidor de sangue do estado, onde são realizadas quase duas mil transfusões de sangue todo mês.

Fonte: primeirapagina

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