O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) afirmou que o governo federal “tem responsabilidade” na tragédia no Rio Grande do Sul no último mês. Disse ainda que “muita coisa poderia ter sido feita” para evitar que já deixou 172 mortos, 42 desaparecidos e 2.390.556 moradores de 475 municípios .
“Essa irresponsabilidade do governo federal e estadual, com certeza, será palco para muita discussão”, disse Zucco. “Não tenho dúvidas que muita coisa poderia ter sido feita quanto à prevenção no Estado do Rio Grande do Sul.”
Zucco, que foi relator da , que aprimora os instrumentos de prevenção de acidentes e desastres em áreas de acidentes ou desastres, criticou o fato de o governo federal não colocar “em prática” o que é estabelecido na legislação.
A lei foi aprovada depois da catástrofe que resultou na morte de 53 pessoas entre setembro e novembro do ano passado no Rio Grande do Sul, depois da passagem de um ciclone extratropical.
“As prevenções deveriam ter sido feitas nas esferas Federal, Estadual e Municipal”, afirmou. “Deixo minha indignação porque há cerca de nove meses nós tivemos, em menor escala, mas muito grave também que ceifou a vida de 53 gaúchos e depois daquilo, poderia, sim, ter resolvido muita coisa.”
O parlamentar pelo Rio Grande do Sul sinalizou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como o governador Eduardo Leite (PSDB), deveriam ter “investido muitos recursos em planos de contingência, análise de risco e planos de alarme.”
O deputado Luciano Zucco também destacou medidas que estão sendo tomadas para auxiliar os moradores do Rio Grande do Sul. Sinalizou uma reunião com o Ministério de Portos e Aeroportos para viabilizar a construção de novos aeroportos no Estado, mas sobretudo em —cujo único aeroporto está fechado. Citou também ações no âmbito do Congresso Nacional.
“Devemos votar esta semana que não se cobre nem água e luz aos moradores, que eles tenham essa anistia”, disse. “Não é justo que se pague por um serviço que não está sendo usufruído.”
O parlamentar ainda destacou a importância da “anistia para produtores rurais para linha de investimento e custeio.” Destacou que o Rio Grande do Sul “é um dos maiores produtores de arroz e outras culturas, e que precisa ser olhado.”
Quanto à compra de arroz asiático pelo governo federal, Zucco sinalizou que não faz “crítica pela crítica”, mas argumentou que a própria Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FarSul) disse ter “arroz suficiente” para abastecer o mercado brasileiro.
“Mas, mais uma vez, em vez de o governo federal favorecer a compra de arroz gaúcho, decidiu favorecer o mercado exterior. Decidiu favorecer países asiáticos”, justificou Luciano Zucco.
“Esse é o governo federal. Aquele que criou de forma impositiva a criação do ministério sem conversar com o governador do Rio Grande do Sul. Temos nossas diferenças, e são muitas. Mas infelizmente, a politicagem impera”, acrescentou.
Fonte: revistaoeste
