Sempre que se fala em artistas plásticos, a imagem que vem à tona é a de uma pessoa em pé pintando quadros. No entanto, Emily Shifflet, de 27 anos, mostra que também existem outras possibilidades. Portadora de Síndrome de Rett, um distúrbio genético neurológico que limita os movimentos, a norte-americana Emily usa os olhos para se comunicar e criar a sua arte.
Mas como isso é possível? Graças à tecnologia, a artista consegue expressar ao mundo toda a criatividade, o talento e a inspiração que possui dentro de si. Ela usa um software especial chamado Tobii EyeGaze Device.
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“Sua arte é um presente. [Emily] está mostrando às pessoas que indivíduos com diferentes habilidades podem criar e ter sucesso de maneiras diferentes. Era isso que queríamos mostrar”, disse Jenny, a mãe da artista, segundo o site .
Como você pode ver, os quadros que ela pinta são lindos! Dá até para imaginar outras pessoas com a mesma limitação conhecendo seu trabalho e se inspirando para também dar asas ao talento que possuem.
O diagnóstico de Síndrome de Rett veio na infância. Quando a Emily tinha apenas 6 meses de vida, sua mãe percebeu que ela não estava se desenvolvendo conforme o previsto para a idade. Aos 2 anos, foi perdendo a capacidade de andar, falar e engolir, o que preocupou ainda mais a sua família. “Aos 3 anos, nós a levamos ao programa Johns Hopkins Kennedy Krieger e ela foi diagnosticada com sintomas da Síndrome de Rett.”
Divisor de águas
Quando começou a usar o software Tobii, a Emily viu sua vida mudar e passou a conseguir se comunicar com as pessoas. Nas palavras da sua mãe, agora pode usar “o único músculo que ela tem para ser criativa”.
Se você acha que a Emily produz suas artes apenas por lazer, saiba que é mais do que isso. Ela transformou sua paixão em fonte de renda: suas pinturas são vendidas em formato de cartão de Natal. Como parte da comemoração do Mês da Conscientização da Síndrome de Rett, celebrado em outubro, Emily vai expor seu trabalho em um evento como forma de chamar a atenção para a doença e para a importância da inclusão.
Desejamos muito sucesso para essa talentosa artista. Que seu trabalho possa ser visto e conhecido por pessoas do mundo inteiro e que sirva de inspiração por onde passar. Sua história mostra também a importância de lutarmos para que todos tenham oportunidades na sociedade e que os nossos avanços tecnológicos sejam usados a favor da inclusão e da acessibilidade.
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.