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Bombeiros indicia capitão e soldado pela morte de Lucas Veloso: inquérito concluído

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Euziany Teodoro

Única News

O inquérito da Corregedoria do Corpo de Bombeiros de MT, que investiga a causa da morte do aluno Lucas Veloso, foi concluído. Segundo apurado pelo Única News, foram indiciados o capitão Daniel Alves, por Homicídio com Dolo Eventual (quando assume o risco de matar), e também indiciado um soldado, pelo crime de maus-tratos.

Lucas Veloso era aluno da corporação e morreu afogado durante um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, no dia 27 de fevereiro deste ano.

O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público e, se forem denunciados, os militares se tornarão réus na 11ª Vara da Justiça Militar, comandada pelo juiz Marcos Faleiros.

Em nota, o Corpo de Bombeiros confirmou as informações desta reportagem e informou ainda que há indícios de crime militar cometido por pelo menos três bombeiros, mas não revelou os nomes. 

“O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso encaminhou, nesta quarta-feira (15.05), o resultado do Inquérito Policial Militar do caso Lucas Veloso Peres a 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar Estadual. O inquérito, finalizado na terça-feira (14.05), concluiu que há indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados. O caso, que tramita em sigilo, passa a ser conduzido agora pelo Ministério Público Estadual.”

MORTE NA LAGOA

Lucas morreu na manhã do dia 27 de fevereiro deste ano, após se afogar durante um treino de salvamento aquático na Lagoa Trevisan. Natural de Caiapônia, no sudoeste de Goiás, Lucas passou no concurso público em 2022 e havia vindo para Cuiabá em junho de 2023, onde fazia o Curso de Formação de Soldados-Bombeiros (CFSd Bm).

Inicialmente, a morte do militar era tratada como um mal súbito. No entanto, após a necropsia, ficou constatado que o aluno morreu por afogamento.

Segundo informações da Polícia Civil, durante o aquecimento para o curso de salvamento aquático, Lucas teria começado a sentir falta de ar. Mesmo se sentindo mal, o aluno iniciou o procedimento quando, afundou repentinamente.

Inicialmente, a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou a atender a ocorrência. No entanto, por se tratar de um caso ocorrido na esfera militar, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBMMT) assumiu a ocorrência e instaurou um inquérito para apurar o caso.

VÍTIMA DE “CALDOS”

Conversas de WhatsApp que circularam nas redes sociais logo após o incidente, atribuídos a dois supostos alunos-bombeiros que testemunharam o acontecido na Lagoa Trevisan, levantaram a possibilidade de excessos durante o treinamento.

Conforme a conversa, Lucas Veloso teria sido vítima dos chamados “caldos”, termo usado para definir a ação de afundar a cabeça do aluno na água, segurando-o pelos cabelos ou nuca e empurrando violentamente para submersão, como forma de castigo ou punição.

O aluno foi sepultado com honras militares pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás em sua cidade natal, Caiapônia, no dia 28 de fevereiro.

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Fonte: unicanews

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