O Centro de Previsão do Clima Espacial dos Estados Unidos fez um alerta para a ocorrência de uma intensa tempestade solar neste fim de semana. Classificado em G4, o segundo mais alto na escala de cinco níveis de severidade, o evento ameaça causar distúrbios significativos nas redes elétricas e sistemas de navegação globais.
As consequências das cinco erupções solares recentes, cujos efeitos são esperados para chegar à Terra até este domingo, 12, podem causar apagões em redes elétricas, desvios em espaçonaves e interrupções em sistemas de navegação e comunicações de rádio de alta frequência.
“Ocorrências nesse nível são muito raras”, afirmou o centro norte-americano sobre a iminência dos eventos. A última tempestade com classificação G4 ocorreu em janeiro de 2005.
Elon Musk comenta evento
Elon Musk, dono da empresa Starlink, comentou sobre o fenômeno em seu perfil no Twitter/X, rede social da qual também é proprietário.
“Grande tempestade solar geomagnética acontecendo agora”, escreveu o bilionário. “A maior em muito tempo. Os satélites Starlink estão sob muita pressão, mas estão se mantendo até agora”.
Tempestades geomagnéticas
As tempestades geomagnéticas resultam da interação entre as ejeções de massa coronal (CME) – nuvens de plasma com campos magnéticos intensos lançados pelas erupções solares – e o campo magnético terrestre.
Embora o campo magnético da Terra proteja as pessoas diretamente, infraestruturas como redes elétricas e dutos podem sofrer consequências se não estiverem adequadamente preparadas.
A última tempestade de nível G5, a mais severa, ocorreu em outubro de 2003 e teve efeitos dramáticos, como quedas de energia na Suécia e danos a transformadores na África do Sul. O impacto exato da tempestade atual será conhecido com uma antecedência de 60 a 90 minutos antes de atingir a Terra, através de medições feitas por satélites.
Beleza natural
Além dos efeitos mais críticos, a tempestade promete espetáculos visuais. O UK Met Office, serviço meteorológico do Reino Unido, prevê que a aurora polar será visível em várias regiões da Ásia, Europa e América do Norte, abrangendo todo o Reino Unido.
Voos transpolares entre esses continentes também poderão ser redirecionados para reduzir a exposição à radiação de passageiros e tripulações.
Este evento ocorre em um momento em que o Sol se aproxima do pico do seu ciclo de 11 anos, que começou em dezembro de 2019, marcado por um aumento no número de manchas solares.
Fonte: revistaoeste