A política fiscal de “gastança é vida” adotada pelo trilha um caminho semelhante ao que levou a Grécia à beira da falência após a crise global de 2008, alerta um artigo do jornal Estadão publicado nesta quarta-feira, 8.
Sob a gestão do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, o país tem aumentado os gastos públicos, o que gera déficits e eleva a dívida pública em um cenário que lembra o da Grécia pré-crise. Mesmo com diferenças nos números, a prática de gastar mais do que arrecada é um ponto em comum entre os dois países.
Equilíbrio fiscal e medidas corretivas
A resistência do governo de esquerda em cortar gastos e a busca por agradar a diferentes setores sem um equilíbrio fiscal adequado são pontos de atenção. A contratação de novos servidores, aumentos acima da inflação e a expansão dos investimentos públicos fora do Orçamento refletem um padrão semelhante ao vivenciado pelo país europeu antes de sua crise financeira.
Apesar de a administração econômica atual ainda ser gerenciável, postergar ajustes necessários pode resultar em consequências mais severas no futuro. A lição deixada pelo colapso grego evidencia que o descontrole fiscal pode trazer impactos significativos para a população e as empresas.
O cenário atual demanda atenção para evitar um ajuste econômico mais doloroso no futuro, caso as medidas corretivas não sejam implementadas a tempo.
“Fazer o ajuste quando se está no meio de uma crise tem um custo muito mais alto do que quando se faz um ajuste gradual”, ressalva a economista-chefe do banco Inter, Rafaela Vitoria, em entrevista ao jornal paulista.
Fonte: revistaoeste