A quantidade de famílias sem alimentação apropriada cresceu em Mato Grosso em 2023. Mais de um milhão de pessoas, quase um terço da população, faziam refeições precárias para a sobrevivência saudável no ano passado.
A situação era de quantidade insuficiente de alimento ou de um tipo inadequado. Conforme pesquisa divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 343 mil domicílios tinham uma sobrevivência ruim.
Se multiplicado por 4, a média de pessoas por casa, a insegurança alimentar atingiu 1,3 milhão dos habitantes. Em 2022, o número estava em pouco mais de 285 mil domicílios, ou 1,1 milhão de pessoas. Cerca de 200 mil pessoas entraram nessa situação de um ano para outro.
O IBGE classifica o nível de insegurança alimentar como leve, moderada e grave. Na forma leve, as pessoas não consomem alimentos com qualidade adequada e não tem uma perspectiva segura da próxima vez que se alimentarão. É a situação mais comum dentre as mato-grossenses com algum nível de insegurança (712 mil).
Já na forma grave, a falta reduz a quantidade de alimentos que cada pessoa come por refeição, inclusive a das crianças. Elas vivem a situação de passar fome. Cerca de 134 mil pessoas em Mato Grosso estavam nesse grupo no ano passado.
A situação começa a piorar no nível intermediário, quando a redução na quantidade de alimentos e os episódios de passar fome se limitam aos adultos. Segundo o IBGE, 191 mil pessoas acima dos 18 anos viveram essa situação em 2023 em Mato Grosso.
Fonte: olivre.com.br