A maternidade do Hospital Universitário, em Campo Grande, ainda segue lotada. O cenário persiste há mais de três semanas, mesmo com bebês sendo transferidos para outras unidades de saúde.
De acordo com denúncia feita por funcionária da obstetrícia, que não quis se identificar, o centro obstétrico conta com: duas salas cirúrgicas, uma sala para recém-nascidos graves, uma sala de suturas ocasionadas em mulheres que tiveram parto normal e uma sala de recuperação pós-anestésica.
Mas, hoje, quatro bebês ocupam a sala cirúrgica, sendo um com más formações múltiplas, outro com problemas renais, o terceiro em tratamento de fototerapia dupla e o último em adaptação para mamar sozinho.
Na sala de recém-nascidos há um que veio ao mundo às 28 semanas de gestação. A situação foi confirmada pela assessoria de imprensa do HU que, em nota, afirmou que 6 recém-nascidos aguardam vagas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal ou unidade de cuidados intermediários.
Outros quatro pacientes extras aguardam na enfermaria, alojamento conjunto. A situação é descrito pelo menos três vezes ao dia à Central de Regulação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) como solicitação de transferência dos pacientes extras para outras unidades da cidade.
“Já estamos na terceira semana consecutiva enfrentando essa superlotação, principalmente de recém-nascidos internados de forma improvisada no centro obstétrico. Nesse tempo, algumas vagas foram disponibilizadas pela Central de Regulação para transferir alguns recém-nascidos para outros hospitais da cidade, mas não estão sendo suficientes”, diz a nota.
Mas a resposta obtida é de que os outros hospitais de Campo Grande enfrentam o mesmo. A reportagem entrou em contato com a Sesau. Em resposta, a secretaria municipal informa que o fluxo está sendo direcionado para outras unidades.
“Como o HU faz parte da Rede Cegonha, ele é porta aberta, ou seja, atende pacientes também de demanda espontânea, que são a maioria dos casos”, destacam por meio de nota.
Fonte: primeirapagina
