Se você iguala a Rússia à Ucrânia, você é um desonesto intelectual; se você ajuda a Rússia contra a Ucrânia, aí você já é cúmplice. É o que o governo Lula está fazendo: ajudando a Rússia.
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No front diplomático, por exemplo, o Brasil absteve-se na votação do Conselho de Direitos Humanos da ONU para a extensão do prazo de trabalho da comissão de inquérito que apura crimes de guerra cometidos pelos russos em território ucraniano.
No front comercial, em 2023, aumentamos as trocas com a Rússia de Vladimir Putin, que é alvo de embargo comercial do Ocidente desde a invasão da Ucrânia. Pela primeira vez, as exportações e importações do Brasil com a Rússia ultrapassaram a marca de US$ 10 bilhões, chegando a US$ 11,9 bilhões, informa a jornalista Jéssica Petrovna.
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O Brasil, veja só, tornou-se o principal importador de diesel da Rússia. Na compra de combustíveis russos, substituímos a Europa Ocidental e estamos na boa companhia da China, portanto.
A desculpa para não acompanhar o embargo ocidental a um país que ignora as leis internacionais é que o Brasil tem por política só aderir a sanções aprovadas pela ONU.
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É um argumento cínico. Em primeiro lugar, porque a Rússia tem poder de veto sobre as decisões das Nações Unidas. Em segundo lugar, porque a não adesão a um embargo não implica aumentar o comércio com o país alvo de sanções.
O governo Lula está ajudando a Rússia como bom companheiro do chamado Sul Global, essa aliança de regimes autoritários e populistas que quer inverter a ordem mundial regida pelos Estados Unidos e por outros países democráticos.
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Ao aumentar o comércio com os russos, estamos financiando indiretamente a invasão da Ucrânia. O governo que condena a morte de crianças palestinas paga as bombas que matam crianças ucranianas.
Fonte: revistaoeste