Já se sabe que o ditador da Venezuela será o vencedor das eleições presidenciais marcadas para o dia 28 de julho. Em recente café da manhã com a imprensa, o presidente Lula (PT) avaliou o pleito no país e disse que, quando essas eleições terminarem, espera que as pessoas voltem à normalidade. “Quem ganhou toma posse e governa; quem perdeu se prepara para outras eleições”.
Em seu editorial desta sexta-feira, 26, o jornal O Estado de S. Paulo critica o posicionamento do petista.
“É preciso ser muito ingênuo, coisa que Lula não é, para acreditar que as assim chamadas “eleições” na Venezuela são normais, isto é, que “quem ganhou toma posse e governa” e “quem perdeu se prepara para outras eleições”, avaliou a publicação.
Segundo o jornal, numa ditadura, como é o caso da Venezuela, as eleições são “meramente protocolares”, para dar ares de legitimidade democrática à manutenção do ditador no poder. “Ou seja, já se sabe de antemão que Maduro será ‘reeleito’”, afirma o Estadão.
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Lula também classificou como “extraordinária” a decisão da oposição da Venezuela de ter apenas um candidato para concorrer com o .
Mas o editorial esclarece que ninguém na oposição venezuelana acredita mesmo ser capaz de ganhar as eleições, nem que Maduro, se por alguma razão fosse derrotado, entregaria pacificamente o poder ao seu oponente.
“A oposição não ganhará a eleição porque, além de não haver democracia, os principais candidatos oposicionistas ou estão presos ou foram impedidos de concorrer; não há imprensa livre nem Judiciário independente; e o governo chantageia os eleitores pobres (quase a totalidade da população), ameaçando retirar benefícios sociais, caso não apoiem Maduro, isso quando não manda suas milícias simplesmente aterrorizá-los”, denunciou o Estadão.
O jornal classificou Lula de “anão moral” por apoiar um tirano e fingir que existe concorrência leal nas “eleições” venezuelanas.
Fonte: revistaoeste