O chefe de Inteligência militar de Israel, Aharon Haliva, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira, 22, devido ao seu papel nas falhas que levaram ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. “Tenho carregado aquele dia negro comigo desde então”, disse em sua carta ao seu superior nas .
O major-general Haliva (patente equivalente a general de divisão três estrelas no Brasil) deixará o cargo militar assim que um substituto for nomeado pelas FDI. Ele estava no Exército israelense há 38 anos: “Com autoridade vem grande responsabilidade”, destacou em sua renúncia.
Segundo o Exército israelense, a decisão foi coordenada com o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Herzi Halevi, e aprovada pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Primeiro oficial a renunciar
Haliva se torna o primeiro oficial superior das FDI a renunciar por causa do ataque a Israel em 7 de outubro. Mas não o único a assumir responsabilidade pelo massacre sem precedentes.
Outros integrantes do alto-comando de Defesa também admitiram culpa, incluindo o chefe da Agência de Segurança de Israel, Shin Bet, e o chefe do Estado-Maior das FDI. Entretanto, nenhum deles renunciou até o momento.
A imprensa local acredita que muitos devam fazê-lo “assim que a situação de segurança se estabilizar”.
Conforme informou o jornal hebraico The Times of Israel, outro general de inteligência de alto escalão chegou a planejar a renúncia, mas desistiu depois de ser diagnosticado com câncer.
O momento de renunciar
Dias após o massacre, em 7 de outubro, Haliva assumiu a responsabilidade publicamente.
“A Diretoria de Inteligência Militar, sob o meu comando, falhou em alertar sobre o ataque terrorista realizado pelo Hamas”, disse na ocasião. “Falhamos em nossa missão mais importante, e, como chefe da Diretoria de Inteligência Militar, assumo total responsabilidade pelo fracasso.”
No entanto, à época, afirmou que estava adiando sua renúncia devido à guerra em Gaza.
“Agora, mais de meio ano depois, junto com o início das investigações internas, estou apresentando minha renúncia”, escreveu Haliva em sua carta divulgada nesta segunda-feira.
Fonte: revistaoeste