Cerca de 13,6 milhões dos 17,7 milhões de habitantes do foram chamados para votar em um referendo para endurecer as leis contra o crime organizado no domingo 21. A extradição de equatorianos, proibida pela Constituição, foi a ponta de lança do referendo e recebeu luz verde da população, de acordo com pesquisa de boca de urna.
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Os equatorianos tiveram de responder “sim” ou “não” para 11 questões promovidas pelo presidente Daniel Noboa, que pretende buscar a reeleição em fevereiro do ano que vem. Este referendo “definirá o rumo e a política de Estado que tomaremos para poder enfrentar o desafio do combate à violência e ao crime organizado”, afirmou Noboa, no domingo.
A opção a favor da recebeu 72% de apoio, enquanto o “não” teve 25% do total de votos, entre brancos e nulos, segundo pesquisa da empresa Infinity Estrategas, contratada pelo governo e transmitida ao vivo pelo canal Teleamazonas.
+ Daniel Noboa, o presidente do Equador que derrotou a esquerda
O referendo ainda perguntou sobre a ampliação das funções dos militares no combate ao crime, o aumento das penas para crimes como o tráfico de drogas, a instalação de um sistema de tribunais especializados em questões constitucionais e a eliminação de benefícios prisionais para os condenados por crimes como o tráfico de drogas. Todas essas questões tiveram o apoio da maioria, segundo a estimativa.
A pesquisa realizada pela Infinity Estrategas estimou que a pergunta sobre permitir arbitragens internacionais em qualquer jurisdição obteve 60% dos votos válidos contra e 40% a favor, enquanto a questão de flexibilizar a contratação trabalhista registrou 66% dos votos contra e 34% a favor.
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O restante das perguntas obteve apoio favorável entre 70% e 82% dos votos, enquanto o voto “não” para as outras nove perguntas variou entre 18% e 29%. A pergunta com mais apoio, próximo de 82%, foi aquela que propôs que as Forças Armadas apoiem a polícia de forma permanente em operações contra o crime organizado, sem a necessidade de decretar estados de exceção para esse fim.
Diretor de prisão foi assassinado durante o referendo no Equador
O dia da consulta foi marcado pelo assassinato de Damián Parrales, diretor da prisão conhecida como El Rodeo, na costa de Portoviejo. Parrales, que havia assumido o cargo havia cinco dias, foi baleado enquanto almoçava com a família em um restaurante na cidade de Jipijapa, segundo a mídia local.
Com uma popularidade de 69%, Noboa declarou guerra às organizações ligadas a cartéis no México e na Colômbia depois um ataque violento em janeiro, com cerca de 20 mortes. Em seguida, decretou estado de conflito armado interno e ordenou que as Forças Armadas derrotassem 20 grupos considerados “terroristas” e “beligerantes”.
Ainda não há informações oficiais sobre o resultado do referendo realizado no domingo.
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste