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Mulher supera perda de audição por câncer com aparelho auditivo e volta a ouvir

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Após cinco anos surda de um ouvido e com apenas 40% da audição no outro devido a um câncer na cabeça, Elaine Cristina, uma mulher de 45 anos, ganha um aparelho auditivo e volta a ouvir! 

Hoje, já curada, a costureira foi diagnosticada com meningioma em 2019, um tumor que afeta as membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, e passou por um tratamento que comprometeu ainda mais a audição.

Elaine foi uma das pacientes selecionadas pelo Centro de Reabilitação do Hospital de Amor de Barretos, São Paulo, para receber o aparelho e agora celebra: “Ouvir de novo é bom demais”.

Tratamento pode causar perda da audição

O otorrinolaringologista Rafael Baston acompanhou o caso da costureira desde o início e explicou que, além do câncer, os tratamentos também podem causar danos nas estruturas auditivas.

“O câncer pode pegar essas estruturas auditivas, mas tratamentos, tanto cirúrgicos, a quimio ou radioterapia, a depender da modalidade que for optada, podem cursar com a perda da audição”, disse o médico. 

Um estudo publicado em 2016 no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology mostrou que 25,9% dos 116 pacientes acompanhados apresentaram perda auditiva associada a esses fatores.

Pacientes são monitorados

Segundo o Hospital de Amor, os pacientes são monitorados de perto para que possíveis sequelas sejam identificadas e tratadas precocemente.

“Na maioria dos casos, a gente consegue oferecer algum tipo de tratamento e reverter essa perda”, diz Baston.

Depois de mudar o quadro, o hospital inicia o processo de adaptação do paciente, fase em que Elaine está.

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Adaptação 

Ouvir barulho após tanto tempo de silêncio pode ser um desafio, mas Elaine está determinada a superar essa fase. 

“Não estou acostumada com o tanto de barulho que vem, mas já está bem melhor. Não quero tirar [o aparelho] de jeito nenhum”, disse ela animada.

A filha, Deise Cristina da Silva, também se emociona ao ver a mãe feliz novamente e poder se comunicar sem precisar gritar. 

“Às vezes, a gente está conversando entre nós na mesa e ela está na pia [mais longe], e consegue participar, sabe que a gente está em casa”.

Dedicação e paciência

A voz da neta se tornou ainda mais especial para a costureira, que atribui a ela uma grande parte da motivação durante todo o tratamento.

A fonoaudióloga Sarah Carvalhos também acompanha Elaine e explica que o processo de adaptação depende de paciente para paciente, mas é preciso dedicação e paciência.

O cérebro precisará se acostumar com todos esses estímulos de novo, e segundo Sarah, acompanhar a alegria dos pacientes é o que faz do projeto algo tão especial.

“Os pacientes estão muito felizes. Acho que é uma qualidade de vida que a gente dá para esses pacientes, essa reabilitação auditiva que a gente consegue fornecer para eles”.

liane agora pode aproveitar os sons da vida ao lado da família. - Foto: Arquivo pessoal

Eliane agora pode aproveitar os sons da vida ao lado da família. – Foto: Arquivo pessoal

Com informações do G1

Fonte: sonoticiaboa

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