O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira, 12, que, se fosse possível, proibiria a mentira por decreto. O petista deu a declaração durante uma visita à fábrica da JBS, em Campo Grande (MS), para acompanhar o mais recente embarque de carnes da empresa à China.
“Esse país precisa de tranquilidade e verdade”, disse Lula. “Se pudesse, eu faria um decreto: ‘É proibido mentir’. Quem mentir, vai ser preso. A gente não pode viver subordinado à mentira, à maldade.”
Ao lado dos irmãos Wesley e Joesley Batista, Lula visitou a fábrica da JBS em Campo Grande (MS). Foi sua primeira ida a Mato Grosso do Sul desde que tomou posse para o terceiro mandato.
De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, .
Wesley e Joesley Batista não participam da rotina da companhia desde 2017, quando houve a delação premiada de Joesley, no âmbito da . Na época, Wesley era CEO da JBS. Ambos estiveram sob investigação da .
Lula havia anunciado que a carne produzida na fábrica da JBS, em Campo Grande, cuja exportação ocorreu hoje, vai receber o seu nome. A fala foi na quarta-feira 10.
“A primeira carne que o chinês vai receber desse frigorífico vai ser eu que vou embrulhar e vou aproveitar e vou colocar meu nome na picanha, para que ele saiba que estou exportando picanha”, disse Lula, em evento do Minha Casa minha vida, no Palácio do Planalto.
O presidente também elogiou o ministro Carlos Fávaro. Lula o qualificou como o maior vendedor de carne do Brasil, responsável por abrir 104 novos mercados internacionais para o país em um curto período de tempo.
Em 27 de outubro de 2022, em plena campanha eleitoral e a poucos dias do segundo turno, o então candidato Lula divulgou um vídeo em seu espaço eleitoral na TV, denunciando a alta do preço dos alimentos durante o governo Jair Bolsonaro.
Com o trocadilho “Mercado Bolsocaro”, a propaganda eleitoral mostrava produtos de supermercado e a redução do poder de compra da população. O anúncio trazia frases como “você sai de bolso e carrinho vazio” e “o que comprava no carrinho agora traz numa sacola”.
Um ano e três meses depois da posse, o que Lula tem a oferecer aos brasileiros é uma inflação dos alimentos que ultrapassa o dobro da inflação oficial. De acordo com os dados do o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 1,25% em janeiro e fevereiro, enquanto os preços dos alimentos subiram quase 3% no período.
Desde outubro do ano passado, a inflação dos alimentos registrou aceleração, multiplicando-se por seis. Somente em 2023, o arroz ficou quase 30% mais caro no supermercado. O preço do azeite de oliva subiu 37%. O da abobrinha, quase 45%. O do morango, 75%.
Fonte: revistaoeste