Durante a sessão do Senado sobre o caso Twitter Files Brazil, ocorrida nesta quinta-feira, 10, os jornalistas e apresentaram um resumo da investigação. Eles exibiram um slideshow com os principais pontos, incluindo uma lista de pessoas e veículos de comunicação que foram censurados pelo Judiciário brasileiro.
A apresentação começa no minuto 3:41:21. A equipe responsável pelos Twitter Files identificou cerca de 80 personalidades e empresas que foram punidas por expressar suas opiniões nas redes sociais.
Enquanto fazia a introdução, Ágape mencionou que não é possível saber o número total das contas que foram censuradas no , pois o não libera o acesso a esses dados. No slide, obtido por , estão listados nove censurados e os conteúdos que levaram às medidas impostas. São eles:
- Luciano Hang (empresário) – Criticou uma matéria do jornalista Guilherme Amado em um grupo de WhatsApp;
- Homero Marchese (político) – Supostamente divulgou o banner de um evento em Nova York, nos Estados Unidos, que revelava a localização de ministros do ;
- Jovem Pan (rede de comunicação) – Mencionou a condenação de Lula, recebeu multas diárias e foi proibida de usar termos e palavras que pudessem “afetar a honra” do petista;
- Gazeta do Povo (jornal) – Expôs o apoio de Lula ao presidente da Nicarágua;
- O Antagonista (jornal) – Fez uma reportagem sobre um membro de facção criminosa;
- Revista Crusoé – Publicou a reportagem “Amigo do Amigo do meu Pai”, sobre Dias Toffoli;
- Brasil Paralelo (produtora) – Produziu o documentário Desordem Informacional;
- Bruno Aiub (Monark) – Supostamente “espalha desinformação” nas redes sociais;
- Marcos Cintra (político) – Cobrou a transparência eleitoral e fez perguntas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além dos mencionados no documento, os jornalistas Allan dos Santos, Guilherme Fiuza, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino sofreram sanções de Alexandre de Moraes no contexto do “inquérito das fake news“.
Em 2022, a ex-juíza Ludmila Lins Grilo teve suas contas no Twitter/X retidas por criticar gestões estaduais durante a pandemia de covid-19 e por “fomentar o ódio” nas redes sociais. O jornalista Bernardo Kuster teve suas redes sociais suspensas pela mesma justificativa.
Ao longo da apresentação, os jornalistas também explicaram que o “complexo da censura” no Brasil gira no entorno de três eixos: Alexandre de Moraes, e Congresso Nacional.
No eixo Moraes, o STF e o TSE são citados como órgãos dessa teia. Os inquéritos conduzidos por são associados às duas instituições.
Sobre o governo Lula, a atuação se dá pela Procuradoria Nacional da União em Defesa da Democracia, chamada nas redes sociais de “Ministério da Verdade”.
Já no Congresso, a censura se daria na aprovação do Projeto de Lei 2.630/2020, o .
Fonte: revistaoeste