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Bombeiros realizam simulação da morte de aluno na Lagoa Trevisan: entenda o caso

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Ari Miranda

Única News

A reconstituição da morte do aluno-bombeiro Lucas Veloso Peres (27) ocorrerá nesta sexta-feira (12), na Lagoa Trevisan, zona rural de Cuiabá, onde o militar morreu durante um treino de salvamento aquático, em fevereiro deste ano.

Em nota, a Corregedoria Geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso informou que a reconstituição será fechada e reunirá apenas os envolvidos no caso e seus respectivos advogados.

Segundo a corporação, o argumento para o evento fechado é de que o inquérito sobre a morte de Lucas corre em sigilo.

A reconstituição foi solicitada um dia depois do fato à Corregedoria dos Bombeiros, pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), em 1º de março.

No documento, o promotor também solicitou que os oficiais responsáveis pelo curso e os alunos que estavam no local dos fatos sejam interrogados, bem como solicitou que imagens de câmeras de segurança nas proximidades da Lagoa Trevisan sejam coletadas para avaliação.

 

MORTE NA LAGOA

Lucas morreu na manhã do dia 27 de fevereiro deste ano, após se afogar durante um treino de salvamento aquático na Lagoa Trevisan. Natural de Caiapônia, no sudoeste de Goiás, Lucas passou no concurso público em 2022 e havia vindo para Cuiabá em junho de 2023, onde fazia o Curso de Formação de Soldados-Bombeiros (CFSd Bm).

Inicialmente, a morte do militar era tratada como um mal súbito. No entanto, após a necropsia, ficou constatado que o aluno morreu por afogamento.

Segundo informações da Polícia Civil, durante o aquecimento para o curso de salvamento aquático, Lucas teria começado a sentir falta de ar. Mesmo se sentindo mal, o aluno iniciou o procedimento quando, afundou repentinamente.

Inicialmente, a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou a atender a ocorrência. No entanto, por se tratar de um caso ocorrido na esfera militar, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBMMT) assumiu a ocorrência e instaurou um inquérito para apurar o caso.

(Foto: Reprodução/Montagem/Redes sociais)

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VÍTIMA DE “CALDOS”

Conversas de WhatsApp que circularam nas redes sociais logo após o incidente, atribuídos a dois supostos alunos-bombeiros que testemunharam o acontecido na Lagoa Trevisan, levantaram a possibilidade de excessos durante o treinamento.

Conforme a conversa, Lucas Veloso teria sido vítima dos chamados “caldos”, termo usado para definir a ação de afundar a cabeça do aluno na água, segurando-o pelos cabelos ou nuca e empurrando violentamente para submersão, como forma de castigo ou punição.

O aluno foi sepultado com honras militares pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás em sua cidade natal, Caiapônia, no dia 28 de fevereiro.

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Fonte: unicanews

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