O Brasil optou por não votar nas resoluções da sobre violações de direitos humanos no Irã. A decisão da diplomacia brasileira se deu na última quinta-feira, 4.
A abstenção brasileira foi justificada por preocupações com a “desequilíbrio” das resoluções, mas gerou críticas por supostamente adotar um “diálogo construtivo” com regimes opressores.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) divulgou a decisão do Brasil. Ao compartilhar vídeo em suas redes sociais, ela criticou a política externa adotada pelo .
“O Brasil sob Lula reconheceu que há violações aos direitos das mulheres no Irã e ainda assim se absteve de votar a favor de estender investigações”
“A política externa de Lula e seu (des)governo tem ultrapassado os limites não só da neutralidade (dever Constitucional), como da falta de humanidade”, reclamou a parlamentar. “Na ONU, em uma das votações, o Brasil sob Lula reconheceu que há violações aos direitos das mulheres no Irã e ainda assim se absteve de votar a favor de estender investigações.”
Brasil evita condenar Irã e Rússia
Na última quinta-feira, o Brasil se absteve na votação do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a extensão do inquérito de crimes de guerra na — promovidos pela Rússia — e violações dos direitos das mulheres no Irã. Apesar da abstenção brasileira, ambas as resoluções foram aprovadas.
No caso da Ucrânia, o representante permanente do Brasil na ONU em Genebra, Tovar da Silva Nunes, expressou preocupação com as violações de direitos humanos no país, mas considerou a resolução desequilibrada. Ele mencionou o deslocamento forçado de crianças e ataques a civis, mas criticou a falta de menção às ações da Ucrânia no conflito — . Além disso, o embaixador brasileiro questionou as iniciativas jurídicas contra a Rússia presentes na resolução.
Já em relação ao Irã, a abstenção brasileira foi justificada pela suposta cooperação do governo iraniano com as investigações sobre violações de direitos contra mulheres, crianças e minorias étnicas. No entanto, a Missão Internacional de Apuração de Fatos sobre o Irã relatou graves violações, incluindo mortes, ferimentos e repressão aos direitos das mulheres. O relator especial sobre direitos humanos no Irã destacou o aumento das penas de morte, incluindo de crianças, e a contínua repressão aos direitos das mulheres.
Fonte: revistaoeste