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Ciência & Saúde

Nasa: Principais experimentos durante o eclipse solar total

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Um eclipse solar total vai rolar em uma parte da América do Norte. No dia 8 de abril de 2024, a Lua vai tampar completamente o Sol por alguns minutos. Além de ser uma experiência única para todos que puderem acompanhar, o eclipse dá aos cientistas uma chance especial de estudar o Sol, a Terra e suas interações.

Para aproveitar ao máximo essa oportunidade, a Nasa escolheu cinco científicos para o eclipse de 2024. Os projetos, liderados por investigadores de diferentes instituições académicas, estudarão o Sol e a sua influência na Terra com uma variedade de instrumentos, incluindo câmaras a bordo de aviões de investigação de alta altitude.

Durante os eclipses solares totais, a Lua bloqueia o Sol perfeitamente, e só uma  fina circunferência exterior do Sol, pode ser vista claramente – é a coroa, a camada mais externa da atmosfera solar. Em condições normais, não dá para vê-la direito porque a superfície do Sol é muito mais brilhante, ofuscando a coroa. O eclipse, então, é uma oportunidade e tanto para estudá-la.

“Os cientistas há muito usam eclipses solares para fazer descobertas científicas”, disse Kelly Korreck, cientista do programa na sede da NASA. “Eles ajudaram a fazer a primeira detecção de hélio, forneceram evidências para a teoria da relatividade geral e nos permitiram compreender melhor a influência do Sol na atmosfera superior da Terra.”

Veja abaixo alguns experimentos que a Nasa fará durante o eclipse, em parceria com e grupos de pesquisa espalhados pelos EUA.

Paparazzis de altitude

Esse projeto vai tirar fotos do eclipse muito mais alto do que as pessoas no EUA. Usando uma aeronave de pesquisa, ele vai capturar imagens do eclipse a uma altitude de mais de 15 mil metros acima da superfície da Terra – para lá da maior parte da atmosfera terrestre.

Com essas imagens acima da pós-atmosféricas, a Nasa espera poder ver novos detalhes de estruturas na coroa média e inferior. As observações, feitas com uma que faz imagens em luz infravermelha e visível em alta resolução e alta velocidade, também podem ajudar a estudar um anel de poeira ao redor do Sol e a procurar asteroides que possam orbitar por perto. 

Espectrometria aérea

Esse mesmo tipo de aeronave vai voar com câmeras e espectrômetros (aparelhos que estudam a composição da luz) para aprender mais sobre a e a composição química da coroa, além de estudar grandes explosões de material solar que acontecem na coroa.

Voando ao longo da trajetória do eclipse, eles também esperam prolongar o tempo escasso de cobertura da Lua em mais de dois minutos. Essas novas observações podem esclarecer detalhes sobre as estruturas da coroa e as fontes do fluxo constante de partículas emitidas pelo Sol – o chamado vento solar.

“Alô, alô? Planeta Terra chamando, planeta Terra chamando.”

Uma das camadas mais externas da nossa atmosfera é a chamada ionosfera; nela, a energia do Sol retira elétrons dos átomos, tornando-os íons (daí o nome). Essa região eletricamente carregada tem alto impacto na comunicação por rádio aqui na Terra, já que reflete ondas de rádio, fazendo-as chegar mais longe.

Durante o eclipse, menos luz solar chega à ionosfera, diminuindo a eletrização das partículas e, em consequência, prejudicando a comunicação via rádio. É esse efeito que cientistas vão tentar medir durante o eclipse solar. Como? Convidando vários operadores de rádio amadores mundo afora – esses colaboradores vão tentar fazer o maior possível de contato uns com os outros enquanto registram o quão fortes são os sinais e o quão longe alcançam.

Tá quente aí em cima?

A SuperDARN é uma rede composta por 35 radares espalhados pelo mundo capaz de monitoras as condições climáticas nas camadas mais externas da atmosfera terrestre. Por sorte, a área do eclipse vai passar por três desses radares. Cientistas vão analisar, então, qual são os impactos da radiação solar (e da falta dela) nessas camadas – em especial na já citada ionosfera.

Hotspots solares

O Sol não é igual e uniforme em toda sua extensão. Algumas regiões possuem campos magnéticos muito fortes e especialmente complexos – são o que os cientistas chamam de “regiões ativas” da estrela. Muitas vezes dá para vê-los nas imagens da estrela, na forma de manchas solares mais escuras que o seu ao redor, como “pintas” solares. 

Uma equipe de cientistas vai analisar especialmente essa regiões. Acontece que, no eclipse, a Lua vai gradualmente cobrindo o Sol – e, por consequência, “apagando” as regiões ativas uma por uma. Isso vai permitir que os cientistas diferenciem os dados de cada uma isoladamente usando o GARVT, um telescópio de 34 metros localizado na Califórnia.

Fonte: abril

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