O ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava asilado na Embaixada do México em Quito desde dezembro de 2023, foi transferido para a prisão de segurança máxima La Roca, em Guayaquil, depois de o governo do Equador detê-lo.
Agora no Centro de Privação de Liberdade nº3 de Guayas, conhecido como Prisão La Roca, Glas passará por avaliação médica ao dar entrada na unidade prisional. A ação gerou repercussão internacional, com a suspensão das relações diplomáticas entre México e Equador.
. A transferência do ex-vice-presidente foi realizada com um forte aparato policial, inclusive de agentes das Forças Armadas e da Polícia Nacional.
Segundo o Serviço Nacional de Atenção Integral aos Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores, responsável pela gestão dos estabelecimentos prisionais no país, o ex-vice-presidente será alocado em uma cela de acordo com os critérios de classificação iniciais da prisão, seguindo os procedimentos legais vigentes.
Em termos bem técnicos, pode-se dizer que o Equador de @DanielNoboaOk invadiu o México. O assalto à embaixada mexicana é ilegal e perturbador. Não se pode chamar de busca pela justiça isso que fizeram. A bukelização da América Latina está se agravando sob aplausos. pic.twitter.com/SnCZCF90jk
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) April 6, 2024
Invadão da Embaixada do México gerou repercussão internacional
A concessão de asilo político ao ex-vice-presidente pelo México, horas antes da invasão da polícia na embaixada, foi considerada “ilegal” pelo Equador, que condenou Glas a seis anos de prisão por corrupção.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, . Nas redes sociais, classificou a ação como uma violação do Direito Internacional e da soberania mexicana. Ele citou especialmente A Convenção de Viena, que estabelece a inviolabilidade das embaixadas.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou solidariedade ao México e condenou a invasão da embaixada do país latino-americano. .
Jorge Glas, que já cumpriu pena por envolvimento no escândalo de propinas da Odebrecht, enfrenta agora um novo mandado de prisão por desvio de fundos destinados à reconstrução depois de um terremoto em 2016. Ele alega ser vítima de perseguição política, assim como o ex-presidente Rafael Correa, que vive exilado na Bélgica.
Fonte: revistaoeste