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Gilmar e Dino discutem o papel das Forças Armadas: O que pensam sobre o poder moderador?

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Os ministros doFlávio Dino e Gilmar Mendes recorreram aos 60 anos da militar de 1964, completados no domingo 31, para justificar seus votos sobre o “papel moderador” das Forças Armadas.

Na noite desta segunda-feira, 1º, a Corte formou maioria no entendimento de que a Constituição não respalda uma “intervenção militar sobre os Três Poderes”.

Antes do julgamento, que teve início na sexta-feira, 29, o relator, ministro Luiz Fux, concedeu uma liminar que estabeleceu que o presidente da República não pode autorizar o emprego das Forças Armadas contra os outros dois Poderes.

Em seu voto, Fux afirmou que o uso das Forças Armadas para garantia da lei e da ordem é uma medida excepcional, a ser adotada somente após esgotados outros mecanismos de preservação da ordem pública.

STF
O Stf Está Examinando Um Processo Apresentado Pelo Pdt Em 2020, Que Aborda Os Limites Constitucionais Da Atuação Das Forças Armadas Em Relação Ao Executivo, Legislativo E Judiciário | Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Papel subalterno”, afirmou Dino

Seguindo o relator, Dino protocolou seu voto em plenário virtual no domingo, data que lembrou o capítulo polêmico da brasileira, quando parte da sociedade afirma ter sido um “golpe”, enquanto outra entende como “intervenção”.

Em seu texto, o ex-ministro da Justiça do governo Lula apresentou argumentos adicionais aos de Fux. Além de ressaltar sua interpretação sobre a inexistência de um poder militar na Constituição, Dino também classificou o papel das Forças Armadas como “subalterno”.

“Data infame”, disse Mendes

Gilmar Mendes, que apresentou seu voto na noite desta segunda-feira, também recorreu a 1964 em seu texto, chamando a data de “infame” e afirmando que a interpretação deveria ser “óbvia”.

“Vejo com alguma perplexidade que esta Suprema Corte esteja obrigada a, na atual quadra , ter de afastar certas pretensões que seriam consideradas esdrúxulas na vasta maioria das democracias constitucionais do planeta”, disse Mendes.

Julgamento termina no dia 8

Com placar até o momento de 6 a zero, além de Dino e Gilmar, outros três magistrados seguiram o voto do relator: Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Edson Fachin.

Previsto para prosseguir no plenário virtual da Corte até segunda-feira, 8, o julgamento poderá ser interrompido por pedido de vista, o que daria mais tempo para análise, ou de destaque, que levaria o caso ao plenário físico.

Os ministros que ainda vão votar são Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Processo do PDT

O STF está examinando um processo apresentado pelo PDT em 2020, que aborda os limites constitucionais da atuação das Forças Armadas em relação ao Executivo, Legislativo e Judiciário.

Fonte: revistaoeste

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