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Nicholas Cage: O dia em que o famoso ator surpreende ao se calar

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Estamos vivendo tempos sombrios no cinema de terror.

Até a estreia de “A Primeira Profecia” na semana que vem (4 de abril), os fãs se decepcionam com estreias nada empolgantes.

Entre elas “Imaginário – Brinquedo Diabólico”.

O filme conta a história de uma mulher que retorna à casa onde cresceu. Agora, mãe, ela vê a filha encontrar um ursinho de pelúcia no sótão. A menina passa a ter uma relação próxima ao bichinho.

Claro, pra todos os personagens, é só um amigo imaginário. Mas se fosse só isso, não teria graça, né?

Pois bem.

A coluna desta semana não é sobre esse filme. Mas ele está inserido no novo conceito que vem surgindo no cinema de horror.

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Nicholas Cage: O Dia Em Que O Famoso Ator Surpreende Ao Se Calar 2

Filmes que são feitos para crianças. Sim. Há pais malucos que levam os filhos para tomar sustos no cinema. (Graças a Deus!!!!)

Esse do ursinho é claramente um deles. Vi uma crítica muito bem colocada dizendo que é um “filme de terror da Disney”, apesar de ter sido produzido por outro estúdio.

É bem isso.

É bem o que é “Five Nights at Freddy´s – O Pesadelo Sem Fim (FNAT)”, filme de 2023, que falamos aqui na coluna do dia 17 de novembro do ano passado. Se quiser rever, clique aqui.

Filmes leves com temática sobrenatural.

É como um aquecimento pra nova geração.

Começa com Scooby Doo, passa para filmes de brinquedos e chega no que vale a , mesmo.

Bons programas para pais que desejam, no futuro, compartilhar o lugar do sofá ou o assento do cinema com seus pimpolhos crescidos.

A minha filha, com 20 anos, só agora começa a me acompanhar. Assistimos, juntos, nas últimas férias, à toda a filmografia de Pânico. Por enquanto, esse é o limite dela. Se não tiver sobrenatural, me acompanha.

Apareceu um fantasma, já era. Acabou a brincadeira.

Por isso, esses filmes de terror pra criança, apesar de decepcionar os adultos, mostram-se um grande investimento para uma família unida na escuridão.

Agora, tem um filme que diverte crianças e adultos.

É desses filmes que de tão ruins se tornam deliciosos.

“Willie´s Wonderland: Parque Maldito” é cópia deslavada e sem autorização de FNAF.

Mas como isso é possível?

Simples. A película de 2021, segundo o diretor Kevin Lewis, é baseada num curta-metragem de 2015 chamado Wally´s Wonderland. O videogame surgiu em 2014. Tirem suas conclusões.

Nicholas Cage ficou atento à essa polêmica e resolveu produzir a película de olho, claro, em money, money, money.

E quer saber?

Eu curti muito mais o filme de Nicholas Cage que o estrelado no ano passado por Josh Hutcherson.

Virou cult.

Canastrão como sempre, o ator não diz uma única palavra em todo o filme! É incrível isso.

Em entrevista, durante o lançamento, ele disse teve a ideia de ficar mudo durante uma conversa com o diretor.

“Os diálogos do meu personagem em Willy´s Wonderland eram muito esparsos, então, eu decidi com o Kevin, o diretor, dar uma de Harpo Marx e suprimir todo o diálogo porque eu pensei que seria um exercício divertido de atuação ver o quanto eu conseguiria me comunicar sem palavras, só com movimentos e expressões faciais. Estou muito feliz com os resultados de Willy’s Wonderland. Foi uma boa experiência.”

Cage, infelizmente (alerta de ironia!) sem nova indicação ao , interpreta um sujeito durão que passa com seu carrão envenenado na estrada que cruza a pequena cidade de Heysville, na Carolina do Norte.

Algo acontece e os pneus furam.

Por “sorte”, surge um mecânico com um guincho e leva veículo e motorista para a única oficina da cidade.

O conserto vai ficar caro. Mil ólares. Mas o visitante parece ter na praça e saca o cartão de imediato. Que pena. O local não passa cartão e na cidade não há caixas eletrônicos.

Acostumado com a situação, o mecânico benevolente tem uma ideia. Chama um empresário amigo para resolver o problema.

O homem é dono de um buffet infantil abandonado, o tal Willie´s Wonderland. Em tempos áureos, o local era lotado de crianças e pais felizes em poder bancar uma festa pros filhos com animatronics que cantam e tocam instrumentos para alegrar a garotada.

Mas, como está abandonado, precisa de faxinas de tempos em tempos. Uma faxina de 1.000 dólares. Sem opção, o forasteiro aceita e, a partir disso, é conhecido como The Janitor (o zelador) – pois é, ninguém sabe o nome dele no filme.

É muito cópia de Five Nights. Não importa o que disseram os envolvidos.

Mas ao contrário do protagonista de FNAF, que é apenas um desempregado em busca de sustentar a irmã, Cage parece ter uma carga de experiências passadas que o prepararam para enfrentar qualquer tipo de .

Até com as mãos amarradas atrás das costas!

A preguiça que lidera a banda dos animatronics não sabe em que se meteu.

Ela devia ter o zelador jogando pinball, dançando e bebendo energético de em hora antes de confrontar o cara.

É muito engraçado como o zelador, apesar do que presencia no parque, continua obstinado por cumprir a missão.

Assim que arrebenta um dos vilões, precisa refazer a faxina para remover a graxa que se espalha novamente pelo salão.

A camiseta de uniforme que ele troca a cada morte até hoje é vendida em feiras geeks. Eu adoraria ter uma!

Um a um, os animatronics vão ganhando vida e, tirando uma única boneca que mais parece um ser humano fantasiado, é até difícil acreditar que os demais têm mobilidade para matar alguém.

Faltou orçamento.

Produção barata como muitas outras que Cage estrelou nos últimos anos.

Ver o homem calado distribuindo porrada sem dó nos bichos é muito legal.

Ah! Tem um roteirozinho também. Que envolve uma adolescente da cidade adotada pela chefe de polícia.

Não é spoiler dizer que os destinos dela e do zelador vão se cruzar na contra a maldição do parque do Wiilie.

Um filme pra não ser levado a sério.

Mas para ser curtido com um balde de pipoca ao lado dos filhos ou dos sobrinhos.

Desde que eles façam como o zelador.

Não falem uma palavra sequer durante o filme.

Afinal, é de pequeno que se aprende que cinema não é lugar pra conversar.

Fonte: primeirapagina

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