Nascida em 17 de março de 1944, em Caracas, na capital da Venezuela, foi escolhida para fazer frente à ditadura de Nicolás Maduro na eleição presidencial. O pleito vai acontecer no próximo dia 28 de julho.
Desconhecida no debate político, Corina fez parte do grupo da sociedade civil que integrou a Comissão Nacional de Primária da oposição. Essa foi a comissão em que sua xará, María Corina Machado conseguiu 90% dos votos para concorrer à eleição. No entanto, esta última foi inabilitada a disputar a corrida presidencial.
Foi nessa comissão que Maria Corina conheceu Corina Yoris. “Desde o primeiro dia, fui impactada com sua inteligência”, disse a ex-candidata.
Há poucos dias, Corina Yoris recebeu uma cadeira na Academia Venezuelana de Língua — equivalente à Academia Brasileira de Letras no Brasil. Isso se deu por seu extenso currículo acadêmico.
Corina Yoris, a filósofa
Ela é licenciada em filosofia e letras. Também possui doutorado em História, na Universidade Católica Andrés Bello, em Caracas. Nessa instituição, recebeu a Ordem de Andrés Bello (UCAB) — prêmio concedido às pessoas que se destacam na educação, na investigação científica, nas letras e nas artes.
Além disso, recebeu o prêmio por sua investigação filosófica Federico Riu — prêmio outorgado aos trabalhos filosóficos que caracterizam a obra do filósofo espanhol Federico Riu. Corina Yoris também foi professora na Universidade Metropolitana de Caracas.
Ela foi presidente da Sociedade Venezuelana de Filosofia e integrou a Rede Interamericana e Sociedade Iberoamericana de Filosofia.
Corina Yoris também se destacou no exterior
Não foi só na Venezuela que Corina Yoris se destacou como acadêmica. Ela desempenhou-se como professora de lógica e de teoria da argumentação, na Universidade de Salamanca, na Espanha. No México, realizou trabalhos acadêmicos sobre Lógica.
No anúncio da candidatura de Corina Yoris, . “Encontramos uma pessoa de minha total confiança”, disse. “Honrosa, que surgiu do seio da Plataforma Unitária Democrática. Todos sabem que minha luta não vai acabar.”
Corina Yoris não consegue apresentar sua candidatura e culpa o chavismo
No entanto, . O processo de apresentação das candidaturas se encerra nesta segunda-feira, 25. A oposição alega que a ditadura chavista impôs obstáculos à filósofa.
“Meus direitos, como cidadã venezuelana, são desrespeitados quando não permitem o meu acesso ao sistema, para inscrever minha candidatura à Presidência da Venezuela”, .
Con el impedimento de mi inscripción están dejando a todo el país sin opción. pic.twitter.com/CDjd3iz9XA
— Corina Yoris (@yorisvillasana) March 25, 2024
Ela também disse que não são somente os direitos dela e os de Maria Corina que são desrespeitados. “Também negam o direito a todo venezuelano que queira postular-se, ou eleger o candidato que querem”, afirmou Corina Yoris. “É importante destacar que fizemos de tudo para introduzir as informações e o sistema está completamente fechado para ingressar digitalmente. Já fizemos de tudo.”
Maria Corina Machado usou suas redes sociais para denunciar as manobras da ditadura para manter-se no poder. “O mandamento das primárias é este: lutar até conseguirmos eleições limpas e livres, com o candidato que tem a confiança do povo”, escreveu Maria Corina. “Se o candidato for escolhido por Maduro, isso não é eleição.”
Fonte: revistaoeste