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Maduro propõe ‘Lei contra o fascismo’ para combater a ‘extrema direita’ na Venezuela

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A ditadura da informou, neste domingo, 24, que vai apresentar ao Parlamento um projeto de “lei contra o fascismo”. Segundo o ditador Nicolás Maduro, o objetivo é aplicar sanções contra opositores que promoveram “atos de violência” no país. 

Para os porta-vozes da campanha de María Corina Machado, principal adversária de Maduro, é preciso se atentar com possíveis “manobras” do governo para impedir o registro da candidata substituta, Corina Yoris. A proposta foi anunciada um dia antes de encerrarem as indicações oficiais de candidatos ao .

Maduro, que oficializou sua candidatura pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), busca seu terceiro mandato para comandar a Venezuela. O ditador repetidamente se refere aos seus opositores como “fascistas” e “extremistas de direita”.

“O presidente decidiu criar uma Alta Comissão de Estado contra o Fascismo e o Neofascismo, para apresentar prontamente à Assembleia Nacional um projeto de lei contra o fascismo e toda expressão neofascista no exercício da política e da vida nacional”, escreveu a vice-presidente, Delcy Rodríguez, no Twitter/X.

Rodríguez afirmou que o projeto de lei seria uma resposta aos atos de violência que o país viveu em 2014, 2015 e 2017. Nessa época, manifestações antigovernamentais deixaram cerca de 125 mortos.

As Forças Armadas Bolivarianas (FANB) acompanharão a “tarefa” de manter a estabilidade política e a paz na Venezuela. A mensagem foi anunciada pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López.

“Hoje, quando uma facção subversiva pretende trazer de volta o ódio e a violência, o Estado deve proteger-se moral e institucionalmente contra o fascismo e o neofascismo”, escreveu o militar, no Twitter/X.

Nicolás Maduro se prepara para concorrer ao terceiro mandato como presidente da Venezuela. A oposição, por sua vez, aposta na filósofa e professora universitária Corina Yoris. O nome foi apontado depois da inelegibilidade de Maria Corina Machado para exercer cargos públicos pelos próximos 15 anos.

“É uma pessoa da minha total confiança, honrada, que vai cumprir esse trâmite com o apoio e a confiança de todos”, afirmou Maria Corina, que possui 60% de índice de popularidade — três vezes mais que Nicolás Maduro.

O prazo de inscrição para as eleições presidenciais se encerra nesta segunda-feira.


Gabriel de Souza é estagiário da Revista em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro

Fonte: revistaoeste

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