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Política

Áudios de Cid destroem credibilidade da PF e STF, afirma Deltan Dallagnol

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O ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, , disse que o tenente-coronel Mauro Cid põe em xeque a credibilidade da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) ao divulgar os áudios sobre a sua delação. O ex-procurador abordou o tema em seu perfil no Twitter/X, na noite desta quinta-feira, 21.

Dallagnol , divulgados pela revista Veja na quinta-feira. Em uma mensagem de voz de 16 segundos de duração, Mauro Cid reclamou do ministro do STF Alexandre de Moraes para um colega. Em outros áudios, o militar diz que, em sua opinião, o magistrado agiu de forma ilegal e que ele “era a lei”.

“Parece que o verdadeiro pau de arara do século 21 e a verdadeira tortura de presos para obter delações, como disseram os senhores ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, não estava, como nunca esteve, na Lava Jato”, afirmou Dallagnol, sobre as mensagens atribuídas a Mauro Cid. “Estava o tempo todo no STF.”

No áudio de Cid, gravado no início de março, mas divulgado na quinta-feira, o tenente-coronel também reclama da conduta de agentes da PF.

“Eles são a lei agora”, disse Cid, de acordo com uma das mensagens. “A lei já acabou há muito tempo, a lei é eles. Eles são a lei. O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta quando quiser, como quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público. Com acusação, sem acusação.”

Já nesta sexta-feira, 22, Dallagnol fez outra publicação no Twitter/X, em formato de vídeo. Para ele, o retorno de Mauro Cid à prisão é “ilegal”. Segundo o ex-procurador, Cid já cumpriu mais de cinco meses de detenção sem “acusação criminal formal”.

Conforme a declaração de Dallagnol, o período máximo de prisão nos casos que não apresentam acusação é de 40 dias. Segundo ele, isso foi “respeitado na Lava Jato”.

“Se não existem os dois requisitos para denunciar alguém, que são a prova da existência do crime e os indícios de autoria, não há prisão”, explicou Dallagnol. “Há ainda um terceiro requisito, que mostra quando a liberdade daquela pessoa durante o processo constitui um risco para a sociedade ou para a investigação.”

O ex-procurador diz que Cid foi “preso para delatar” e que seu retorno à prisão adiciona uma nova evidência de “ilegalidade”. Para ele, a revelação de Cid mostra que houve enfraquecimento da delação.

Por fim, Dallagnol sustentou que, se a acusação de Mauro Cid for “verdadeira”, será necessária uma investigação “cabal” para verificar se elas configurariam uma “obstrução” da operação conduzida por Moraes.

Fonte: revistaoeste

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