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Política

Projeto que limita ‘saidinhas’ de presos é aprovado pela Câmara: entenda as mudanças

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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 20, o Projeto de Lei (PL) 2.253/2022, que acaba com as saídas temporárias de presos em datas comemorativas, as chamadas “saidinhas”. A votação foi simbólica. Agora o texto segue para a sanção presidencial.

A matéria se chamará “Lei Sargento PM Dias”, em homenagem ao agente que (MG).

O secretário de Segurança Pública licenciado, deputado federal (PL-SP), é o relator da matéria, . Em seu relatório, Derrite manteve o texto que veio do Senado. Além disso, após a aprovação, ele destacou que “milhares de vítimas” morrem em virtude das saidinhas.

A proposta mantém a saída temporária apenas aos presos em regime semiaberto que usem o benefício para realizar um curso supletivo profissionalizante ou de instrução do ensino médio ou superior.

“Nesse caso, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes’”, continuou o relatório. “Além disso, propõe que esse benefício, bem como o trabalho externo sem vigilância direta’, não seja concedido ao condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência, ou grave ameaça contra pessoa.”

A legislação brasileira, atualmente, já nega a “saidinha” para condenados por crimes hediondos com morte como resultado. O texto aprovado busca aumentar essa restrição aos casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça.

O PL das “saidinhas” também prevê o exame criminológico, que alcança questões de ordem psicológicas e psiquiátricas, como requisito para a progressão de regime.

As “saidinhas” são concedidas pela Justiça a presos do sistema semiaberto que já cumpriram pelo menos um sexto da pena, no caso de réu primário, e um quarto da pena, em caso de reincidência, entre outros requisitos.

assassino do sargento roger dias cunha - protesto
Protesto Em Cartaz Sobre O Túmulo Do Sargento Roger Dias Cunha: O Assassino Dele Estava Na Rua Graças A Uma Decisão Judicial | Foto: Reprodução/Instagram/@Paulomartins222

A morte do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, que (MG), trouxe o debate sobre o fim das saidinhas à tona nos últimos meses e deu celeridade ao texto no Senado, fazendo-o retornar à Câmara com mais rapidez.

O assassino de Roger da Cunha tinha 18 registros por crimes como roubo, tráfico, falsidade ideológica, receptação, ameaças e agressão. O criminoso desfrutava da saída temporária de fim de ano. Ele não teria retornado à prisão depois de ter desfrutado do benefício.

No Estado de São Paulo, somente na virada do ano, dos 34.547 presos beneficiados com a saída temporária,1.566 não retornaram aos presídios. No Rio de Janeiro, 1.785 presos saíram das penitenciárias, e 253 não retornaram.

Desses, três são chefes do Comando Vermelho, considerados criminosos de alta periculosidade: Paulo Sérgio Gomes da Silva, o “Bin Laden”, responsável pelo tráfico de drogas no Morro Santa Marta, em Botafogo; Saulo Cristiano Oliveira Dias, conhecido como “SL”, do Complexo do Chapadão; e Willian da Silva.

Fonte: revistaoeste

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