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Agronegócio

Abramilho: vazio sanitário do milho para controlar a cigarrinha é algo complicado

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A presença da cigarrinha do milho é observada nas lavouras brasileiras do cereal desde os anos 1930. Contudo, ela vem tornando-se uma preocupação desde 2015. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), a implantação de um vazio sanitário hoje para reduzir a ponte verde seria algo complicado de se pensar.

O diretor-técnico da Abramilho, Daniel Rosa, é o entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto. Além da cigarrinha do milho, ele fala sobre as projeções para mercado interno e externo, em especial a China.

“Ela [cigarrinha] começou a aumentar a partir de 2015. Santa Catarina estava crítico e agora se espalhou. Praticamente todas as regiões do Brasil estão com esse registro”, diz.

Existem diversas medidas, segundo o diretor-técnico da Abramilho, que o produtor pode fazer para reduzir a disseminação do inseto e assim evitar que ele venha a transmitir os molicutes, provocando o enfezamento da plantar e, consequentemente, perdas na produtividade.

Entre as medidas está evitar a existência da chamada ponte verde, ou seja, plantar milho em diferentes estágios do período de chuvas e, principalmente, controlar a presença de plantas tigueras.

Direto ao Ponto Daniel Rosa Diretor Técnico Abramilho

“Ainda estamos com falta de variedades de produtos para fazer esse controle da cigarrinha. Alguns produtos novos estão na fila de aprovação. A cigarrinha é o grande desafio para o milho. Vazio sanitário seria algo complicado de se pensar. Tem a questão do plantio de sementes que é feito em calendário diferente do grão”, salienta Rosa.

Brasil é mercado importante, diz Abramilho

O milho brasileiro possui características importantes para o mercado, tanto que é comercializado para diversos países e agora começa a ingressar na China.

“Mas, o principal mercado hoje é o Irã. Eles importam cerca de cinco milhões de toneladas ao ano. É uma parceria bem interessante, porque nosso principal concorrente que é os Estados Unidos não tem boa relação com eles”, comenta o diretor-técnico da Abramilho.

Sobre a China, Rosa pontua que as projeções apontam para chegada forte. “Estados Unidos tem perspectiva de quebra na safra. A ucrânia vai reduzir em 40% a exportação esse ano. Então, os dois maiores enfrentando problemas, vai sobrar para o Brasil. A gente espera que seja rápido o processo [início dos embarques para a China]”.

Para o mercado interno, o diretor da Abramilho frisa não acreditar em falta de milho. De acordo com ele, cerca de 30% a 40% do cereal é exportado.

 

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