CENÁRIO POLÍTICO

Ciro Nogueira critica depoimento do general Freire Gomes durante entrevista.

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Ex-chefe da Casa Civil, o Ciro Nogueira (PP-PI) criticou, nesta segunda-feira, 18, o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

À PolĂ­cia Federal (PF), o ex-chefe da AeronĂĄutica Baptista JĂșnior disse que Freire Gomes mesmo depois de perder as eleiçÔes para o atual presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva.

Por meio de seu perfil no X/Twitter, Ciro questionou a postura dos dois militares de nĂŁo terem denunciado a suposta tentativa de golpe de Estado.

“O general da ativa mais importante do paĂ­s na ocasiĂŁo que ouviu uma ameaça grave Ă  democracia Ă© o mesmo que agora bate no ex-comandante em chefe que perdeu as eleiçÔes da mesma forma que bateria continĂȘncia para o mesmo comandante em chefe, caso ele tivesse sido reeleito”, escreveu Ciro.

O senador ainda chamou Freire Gomes de “criminoso inconteste”. “Está absolutamente provado que há um criminoso inconteste”, continuou. “Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o ‘golpe’, ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido.”

Ciro Nogueira tambĂ©m afirmou que o general teria o apoio da sociedade caso denunciasse a suposta tentativa de golpe por parte de Bolsonaro. AlĂ©m disso, ironizou as denĂșncias feitas Ă  PF.

“O general mais importante do país, tão cioso da democracia, em dezembro de 2022, sairia de qualquer reunião imprópria, denunciaria qualquer conluio e teria absoluto apoio da sociedade brasileira”, escreveu o senador.

“Borrar-se agora porque nĂŁo pode fazer as continĂȘncias que faria Ă© uma vergonha inominĂĄvel”, finalizou Ciro Nogueira. “Todos os militares tĂȘm o dever de honrar sua farda. Alguns deveriam ter ainda mais compromisso em honrar seus pijamas.”

Na sexta-feira 15, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tirou o sigilo de parte dos depoimentos que fazem parte da investigação que apura a suposta tentativa de golpe de Estado depois das eleiçÔes de 2022.

À PF, Baptista JĂșnior relatou que, em uma das reuniĂ”es no Alvorada, o entĂŁo comandante do ExĂ©rcito, general Freire Gomes, ameaçou prender Bolsonaro caso o entĂŁo presidente continuasse com a “hipĂłtese de atentar contra o regime democrĂĄtico, por meio de algum instituto previsto na Constituição (GLO, Estado de Defesa ou Estado de SĂ­tio)”.

“Em uma das reuniĂ”es dos comandantes das Forças com o entĂŁo presidente da RepĂșblica, apĂłs o segundo turno das eleiçÔes”, depois de Bolsonaro “aventar a hipĂłtese de atentar contra o regime democrĂĄtico, por meio de alguns institutos previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de SĂ­tio), o entĂŁo comandante do ExĂ©rcito, general Freire Gomes, afirmou que, caso tentasse tal ato, teria que prender o presidente da RepĂșblica”, contou o brigadeiro Ă  polĂ­cia.

Baptista JĂșnior relatou que ele e Freire Gomes tentaram convencer Bolsonaro a nĂŁo usar nenhum instituto jurĂ­dico para permanecer no poder e evitar a posse do entĂŁo presidente eleito Luiz InĂĄcio Lula da Silva. De acordo com o militar, se Freire Gomes tivesse concordado com as ideias propagadas, “possivelmente a tentativa de golpe teria se consumado”.

Fonte: revistaoeste

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