Na próxima quinta (14) a SpaceX, empresa de exploração espacial do bilionário Elon Musk, realizará sua terceira tentativa de lançar o Starship, o foguete mais poderoso já construído.
Com 21 metros de comprimento, um propulsor reutilizável e capacidade de transportar até 150 toneladas, o Starship foi o foguete escolhido pela NASA para voltar à Lua na Missão Artemis 3, programada para acontecer entre 2026 e 2027. Mas, até agora, seus dois primeiros voos-teste falharam (mais sobre isso adiante).
O lançamento marcado para amanhã ainda depende de aprovação da agência que regula voos nos EUA, mas tem previsão para começar às 9:00 no horário de Brasília. A transmissão começará 30 minutos mais cedo e poderá ser acompanhada ao vivo pela página da SpaceX no X (ex Twitter), ou pelo site da própria empresa.
Nesta terceira tentativa, a empresa planeja realizar o seu voo não tripulado mais ambicioso até agora. O plano é realizar um voo de pelo menos 65 minutos, em que os dois estágios do foguete cheguem até o espaço. Lá, será feita uma tentativa de transferência de combustível, com a abertura e fechamento da porta de carga.
O pit stop em órbita é um passo importante para as futuras missões espaciais. Afinal, o grande sonho de Musk com a SpaceX é dar um passeio mais distante que a visita à Lua: um rolê até Marte.
Feita a transferência, os motores do Starship serão religados ainda no espaço. Depois, começará a reentrada na Terra, com um pouso no Oceano Índico. O foguete está sendo programado para que seus módulos sejam completamente reutilizáveis, o que poderá tornar todo o processo de lançamento e voo mais barato e rápido.
Apesar das boas expectativas, a empresa trabalha com a possibilidade de falhas. Não que isso seja um problema: os erros fornecem informações para garantir a segurança dos voos nas missões futuras. Melhor pisar na bola agora do que com os astronautas lá na frente.
Como as missões para a Lua da NASA dependem da Starship, a empresa agora corre para que seu foguete esteja pronto no tempo estipulado pela agência americana, que já atrasou o cronograma da missão Artemis II, que irá realizar um voo orbital no satélite.
O que deu errado nos lançamentos anteriores?
Durante a primeira tentativa, realizada em 20 de abril do ano passado, vários motores do primeiro módulo falharam. O foguete alcançou 40 km de altitude em três minutos, mas depois perdeu o controle e se autodestruiu (uma “desmontagem não programada rápida”, como a SpaceX prefere chamar).
Já no voo número 2, em 18 de novembro, todos os motores funcionaram corretamente, mas o foguete apresentou falha na separação e execução dos dois módulos. O primeiro explodiu durante o processo de desaceleração de pouso, enquanto o segundo até chegou ao espaço, mas foi destruído quando parou de enviar dados de voo para a Terra.
Fonte: abril