Em um pequeno cômodo da casa da Dona Maria Helena e do Seu Sebastião de Araújo, existe uma produção de queijos artesanais. Eles fizeram uma adaptação no local para atender as exigências da lei e poder produzir alimentos derivados de leite. Com os produtos inspecionados, as chances de se manter e, até ampliar o mercado, são maiores.
Os agricultores possuem uma propriedade em São José dos Quatro Marcos, região oeste de Mato Grosso, de cerca de sete hectares e há 20 anos conseguem sustentar a família com a produção de leite e queijo. A história teve um revés recente.
A agroindústria familiar focada na produção de queijos é o tema do MT Sustentável dessa semana.
O pecuarista leiteiro, Sebastião de Araújo explicou em entrevista ao Dia de Ajudar Mato Grosso, que em 2023 houve uma interrupção na entrega do mercado. Isso aconteceu por ordem do Ministério Público que proibiu a compra de produtos de origem animal que não fossem inspecionados.
Sem o mercado, ele precisou vender parte das vacas para se manter. Foi quando pensou em desistir da atividade mas, através da Empaer, soube que não precisaria de muito tempo e nem investimento para se adequar às normas da lei.
Antes de repor o plantel de vacas, o casal está reformando a área de pastagens e a meta é melhorar a produtividade de olho nas novas possibilidades de mercado.
O selo que agora consta no queijo fabricado na pequena agroindústria familiar, faz parte do consórcio das nascentes do Pantanal e permite que o produto seja comercializado em 14 municípios da região.
Novos mercados, novas perspectivas e mais trabalho para a Dona Maria. “Eu fazia até 15 queijos por dia”, comenta Maria Elena Guerra.
O coordenador regional da Empaer, Jacson Ferreira da Silva, explica que a principal mudança é a mais importante, que é a fixação do produtor na atividade para alimentar as cidades.
“A gente vinha em um processo onde o pequeno produtor, dificilmente, conseguiria regularizar sua propriedade, sua agroindústria. Agora é possível fazer a regularização, possibilitando o acesso aos mercados, sejam eles comuns ou institucionais. Hoje, nós temos mais de R$ 5 milhões em contratos da agricultura familiar com a merenda escolar na região”, explica.
Antes da interrupção na atividade, a produção de leite na propriedade era de aproximadamente 100 quilos por dia. Quantidade que ele pretende ultrapassar em breve e confirmar de vez a nova fase do sítio.
“Em dentro de seis meses, eu penso que a gente já voltou ao normal pra continuar na luta de produzir bastante”, pontua.
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Fonte: canalrural