A pequena Emma tem apenas 13 meses de idade, mas já entrou para a história da medicina e da ciência. Ela se tornou a primeira paciente no mundo a passar por um transplante de intestino em assistolia, uma técnica inédita. A operação salvou a sua vida: a bebê sofria de insuficiência intestinal e não conseguia absorver a energia e os alimentos necessários para crescer normalmente.
O transplante foi feito no Hospital Universitário de La Paz, em Madri, na Espanha, com o intestino doado de um paciente que morreu de parada cardíaca. A cirurgia foi um sucesso e a Emma já está em casa com os pais.
Para que o transplante fosse realizado com o êxito, a equipe médica fez a assistolia, nome dado à retirada de órgãos de pessoas que não possuem mais batimentos cardíacos e respiração espontâneos (mas ainda não tiveram a morte encefálica confirmada).
Os profissionais de saúde preservaram o intestino doado em um sistema de oxigenação extracorpórea. Essa técnica permite a utilização de órgãos que, antes, seriam perdidos, segundo o jornal .
Dessa forma, pessoas em cuidados finais de vida podem se tornar doadores de órgãos, desde que retirados do ventilador mecânico de forma controlada. Uma prática que pode ajudar inúmeros pacientes que aguardam transplantes há anos.
“Gostaríamos de agradecer à família do doador e a todos que salvaram as vidas de nós três”, disse Daniel, pai da Emma, em entrevista coletiva.
Esperança para quem aguarda na fila de transplantes
Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), transplantes de intestinos já são feitos desde a década de 1970, mas, com a técnica da assistolia, foi realmente a primeira vez. A Espanha, onde foi realizada a cirurgia da Emma, tem se especializado nisso.
Ao contrário de outros sistemas de saúde, o país europeu realiza transplantes mesmo após o paciente doador ter parada cardiorrespiratória. Em muitos lugares, isso não é comum, já que se entende que, quando o coração do doador para de bater, as cirurgias tornam-se inviáveis. No Hospital La Paz, a doação de órgãos de pacientes com baixa frequência foi usada em adultos pela primeira vez em 2014. Em , em setembro de 2021.
É uma boa notícia saber que a ciência está avançando e encontrando novas maneiras de realizar transplantes. Afinal, não é pequena a quantidade de pessoas que morrem esperando na fila de doação. Aqui no Brasil, por exemplo, 4,2 mil pacientes perderam suas vidas enquanto aguardavam transplantes.
Que técnicas como a assistolia se tornem cada vez mais eficazes e sejam usadas também em outros países. À pequena Emma, desejamos muita saúde e felicidade com a sua família que agora pode curtir a bebê em casa!
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.