Por meio do Projeto de Lei do “Combustível do Futuro”, o governo federal pretende elevar a mistura de etanol na gasolina de 27,5% para 35% até 2030. A proposta foi defendida pelo relator do PL, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que deixou claro ser necessário haver viabilidade técnica para que isso siga em frente.
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A intenção da proposta é que o uso cada vez maior dos biocombustíveis no Brasil sirva como um dos principais instrumentos para o avanço da chamada transição energética. Porém, para analistas de mercado, há muita incerteza sobre o assunto, incluindo o prazo para que a proporção de 30%, que consta no texto original do PL, seja atingida.
De qualquer forma, a produção de etanol segue em alta. Para 2024, as projeções apontam para uma produção de mais de 7 bilhões de litros de etanol de milho. No Centro-Sul, na safra 24/25 de cana-de-açúcar, são projetados 7,2 bilhões de litros.
Mudança não é tão simples
Entretanto, existe a necessidade do mercado de açúcar estar atento às mudanças nessa nova mistura de etanol na gasolina para que sejam feitas escolhas corretas quanto ao mix de produção. Além disso, com o aumento na proporção do combustível de origem vegetal na gasolina, a tendência é do etanoil cair de preço.
Mas também existe a questão técnica para o que o PL seja aprovado. No caso dos carros flex, não haverá nenhum problema. Porém, nos modelos mais antigos, apenas movidos a gasolina, principalmente os que usam carburador no lugar da injeção eletrônica, podem aconetcer problemas e um grande aumento no consumo.
A proposta de elevação da porcentagem de etanol na gasolina precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados. Depois, deve seguir para o Senado e, se aprovada, seguirá para a sanção do presidente da República.
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Fonte: autoo