O vice-presidente e ministro do Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin, deve inaugurar nas próximas semanas o Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre, localizado em Minas Gerais.
Com a capacidade anual de produzir 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, o empreendimento promete suprir aproximadamente 15% da demanda nacional. A ideia é dar suporte ao agronegócio brasileiro.
Trata-se de uma iniciativa do Grupo EuroChem, que atua na fabricação de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos. O empreendimento deve custar US$ 1 bilhão.
A expectativa é que o complexo industrial impulsione a economia local, com a criação de 3,5 mil empregos durante sua fase de construção e mais 1,2 mil postos de trabalho quando entrar em operação.
“O Brasil já é um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, constatou Geraldo Alckmin, antes de explicar a necessidade da instalação do complexo industrial. “E precisamos aumentar nossa competitividade a partir da produção de fertilizantes.”
No fim de janeiro, o presidente da , Tirso Meirelles, reuniu-se em Brasília com Geraldo Alckmin para tratar de pautas consideradas “urgentes” para o agronegócio.
Entre os temas discutidos no encontro estiveram a quebra da safra de grãos — ocasionada pelos efeitos climáticos do El Niño — e problemas de fornecimento de energia elétrica em propriedades rurais do Vale do Paraíba. A localização abrange o Estado de São Paulo e o sul fluminense, no Rio de Janeiro.
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De acordo com a Faesp, somente na região de Ourinhos, a oeste da capital paulista, houve uma queda de 20% da produtividade. Produtores de todo o Estado chegaram a contabilizar perdas de 50% na sua produção.
Os dados contaram com registros divulgados por sindicatos rurais paulistas e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão da secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento.
Meirelles representa os produtores e sindicatos rurais do Estado. Depois de apresentar as perdas do segmento, ele reivindicou para a categoria condições especiais e renegociação dos financiamentos de custeio e investimento. Outro pedido do líder da federação ao vice-presidente foi a flexibilização de limites de crédito para quem atua no setor.
Fonte: revistaoeste