O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se mostrou preocupado com a imparcialidade do Judiciário na apuração da sobre uma suposta tentativa de golpe. A investigação se concentra no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em seus aliados.
“Sou favorável a toda investigação”, disse Romeu Zema, em entrevista divulgada na sexta-feira 1º pelo jornal O Estado de S.Paulo. “Sempre falo que quem não deve, não teme. Só temo que possa haver alguma parcialidade. Aí é que está a questão.”
O governador de Minas Gerais acredita que, no Brasil, o Judiciário age frequentemente à margem da Constituição.”A Justiça, no meu entender, tem demonstrado que, muitas vezes, tem julgado de acordo com interesses políticos e não de acordo com a lei”, afirmou. “Isso me parece que ficou bastante acentuado nesses últimos 14 meses.”
A investigação da Polícia Federal resultou na Operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro. De lá para cá, Bolsonaro e seus aliados se tornaram alvo da corporação. O ex-presidente foi obrigado a entregar seu passaporte à PF, em uma ação chancelada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 25 de fevereiro, Romeu Zema marcou presença no ato pela democracia, em São Paulo. Na ocasião, em entrevista a , .
Ao Estadão, o governador de reforçou o apoio a Bolsonaro e explicou por que participou da manifestação na Avenida Paulista. “Tinha diversos outros compromissos lá [em são Paulo], e julguei que seria altamente positivo estar com o presidente que levou grandes melhorias para Minas Gerais”, resumiu. “Ele, nesse momento, precisa de um apoio que julgo que seria extremamente importante da minha parte. E o movimento comprovou isso, que ele tem apoio.”
Romeu Zema elogiou o governo Bolsonaro por promover avanços no Brasil e por contribuir para o crescimento do país. Ele ainda disse ter receio de que a administração de Luiz Inácio Lula da Silva possa resultar em retrocessos.
“Gastar mais do que arrecada”, disse o governador de Minas Gerais, ao citar uma das práticas do governo petista que poderia prejudicar o país. “E, principalmente, tentar interferir em empresas que estavam funcionando adequadamente. É só olhar o resultado das empresas estatais durante a gestão Bolsonaro e agora, que você já vê uma diferença brutal. Empresa estatal não é para distribuir favor para os amigos do rei. É para poder investir e proporcionar produtos e serviços adequados para a população.”
Fonte: revistaoeste