O produtor Paulo Gonçalves Santos disse que não sabia mais o que fazer para ajudar o animal. Logo que nasceu, a família percebeu que ele não defecava. Para não o perder foi realizado por duas vezes cortes emergenciais com medicação, porém, meses depois, o canal fechou novamente.
“É um alívio ver o resultado da cirurgia que foi um sucesso. Quem tem criação sabe o quanto sofremos em não saber o que fazer numa situação como essa que aconteceu pela primeira vez na propriedade”, afirmou.
De acordo com a médica veterinária, o sucesso do procedimento, foi devido ao tempo de resposta entre tomar conhecimento que o animal tinha nascido com a atresia anal, anomalia congênita comum em animais e realizar a cirurgia, no dia 2 de fevereiro.
“Durante o procedimento, foi aplicada anestesia e adotados todos os procedimentos para evitar dor ao animal. Uma semana depois, o bezerro foi avaliado com boa recuperação. Ele segue bem e está sendo monitorado para verificar se irá ou não ser necessária outra intervenção. No procedimento, tive ajuda de um dos filhos do produtor que auxiliou bastante”, destacou Laura.
Sobre defeitos congênitos
A médica veterinária da Empaer pontuou que são anomalias estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina. Nos bovinos, podem causar aborto, natimorto ou o bezerro vir nascer com a anomalia. Podem não ter causa definida ou serem causados por infecções da mãe, por exemplo, o vírus da diarreia viral bovina ou outras infecções.
Existem ainda a possibilidade de ser hereditário, por herança genética dos pais. Por último, em algumas regiões do país também por estar relacionada ao consumo de algumas plantas tóxicas que podem induzir a vaca prenhe a ter anomalias congênitas no feto.
Dentre as diversas possibilidades, a atresia anal é um defeito congênito comum em animais e acomete com maior frequência leitões e bezerros, além de outras espécies.
Normalmente é notado nos primeiros dias pelo animal não conseguir defecar, mesmo fazendo esforço e ocasiona o dilatamento do abdome, causando dores.
Existem quatro graus de atresia anal, em algumas delas irreversíveis, mas na maioria dos casos é cirúrgico e com sucesso.
Fonte: @empaer_mt