Nas baixas temperaturas as doenças respiratórias são as mais comuns. Porém, outro agravamento que é possível ser intensificado no inverno é a rosácea. Essa condição crônica afeta a região central da face levando a algumas lesões avermelhadas. O excesso de vermelhidão é por conta da inflamação dos vasos da pele.
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Segundo o dermatologista da Paraná Clínicas, Eduardo Schneider, essa inflamação pode chegar a causar algumas lesões na pele. “Aos poucos, a vermelhidão pode se intensificar ocorrendo mais lesões e podendo levar aos famosos vasinhos dilatados. Muitas vezes, acomete também aos olhos levando a olho seco e blefarite, que é a inflamação nas bordas palpebrais”, explica. Esses casos de lesões e vermelhidão podem surgir repentinamente, caso o paciente não realize um tratamento adequado.
Causas e prevalência
A rosácea afeta até 10% da população, sendo a maioria adultos entre 30 e 50 anos. O médico dermatologista afirma ser mais comum no sexo feminino. “É mais frequente em mulheres, mas pode acometer homens também. Sendo que, por vezes, é muito mais grave. Ocasionalmente, a rosácea leva a quadros de rinofima, aquele nariz espessado e com poros dilatados”, exemplifica.
Além disso, de acordo com o especialista, há uma predisposição relacionada a genética. Geralmente, essa inflamação afeta pessoas com a pele branca. “Raramente afeta negros e até 30% dos pacientes tem história familiar positiva. O estresse é um fator famoso que pode desencadear as crises de rosácea”, comenta Schneider. Ele também explica haver a participação de um ácaro na pele chamado Demodex folicullorum e da bactéria Bacillus oleronius. Os pacientes que sofrem de rosácea são mais sensíveis a esses microrganismos.
Outro fator influenciador é a alimentação. “Não podemos também deixar de falar da alimentação que pode piorar a rosácea como alimentos condimentados, pimenta e álcool, além da exposição solar”, esclarece.
Cuidados cosméticos
Como a pele de quem tem rosácea é muito sensível, alguns pacientes não conseguem usar cremes, por terem conservantes agressivos ou até ácidos. A especialista em cosmetologia natural e cofundadora da All.me Beauty, Priscilla Frachini, indica o uso de cosméticos com PH equilibrado, com ativos anti-inflamatórios e hidratantes. “Quem tem rosácea, tem uma pele sensível e mais ressecada, então é imprescindível o uso contínuo de cosméticos com propriedades hidratantes e anti-inflamatórias e fotoprotetor, pois auxiliará o não aparecimento da doença”, orienta.
Priscilla indica, ainda, evitar alguns gatilhos agravantes para o início dos sintomas. “Por exemplo, evitar os extremos de temperaturas, como banhos muito quentes, e controlar o estresse. Adequar a dieta, deixando de consumir sempre que possível, bebidas alcoólicas, chás e bebidas muito quentes e alimentos picantes. Além disso, precisa fazer uso de fotoprotetores diariamente”, ressalta.
Como a doença não tem cura, o cuidado diário deve fazer parte da rotina. “A doença é benigna, porém crônica com surtos e recidivas. Deve-se anotar e ficar atento aos fatores individuais que exacerbam as lesões naquele paciente em específico”, explica o dermatologista Eduardo Schneider. Para evitar agravamentos da inflamação, a recomendação é fazer consultas e acompanhamento regular com o especialista.
Fonte: semprefamilia.com.br