Nesta segunda-feira, 26, o Parlamento da Hungria aprovou um projeto de lei que permite à Suécia aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aprovação ocorreu em meio ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Dos 31 membros da aliança, a Hungria foi o último a destravar a adesão da Suécia. Durante meses, o partido no poder, Fidesz, manteve-se indeciso sobre o assunto. O projeto contou com 188 votos favoráveis e seis contrários.
“Hoje é um dia histórico”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, no Twitter/X. “Os parlamentos de todos os Estados-membros votaram agora a favor da adesão da Suécia à Otan. A Suécia está pronta a assumir a sua responsabilidade pela segurança euro-atlântica.”
Agora, é necessária uma assinatura presidencial da Hungria para endossar formalmente a aprovação da candidatura sueca à Otan. Depois, a Suécia vai se tornar oficialmente o 32º membro da aliança militar.
O que muda com a Suécia na Otan?
Com a Suécia na Otan, toda a costa do Mar Báltico vai fazer parte do território da aliança — com exceção da costa da Rússia e seu exclave de Kaliningrado. Assim, por exemplo, no caso de um ataque russo, seria mais fácil defender os países bálticos.
O Exército sueco e todo o equipamento militar do país também vão pertencer à Otan. O país é militarmente pequeno, com uma força militar de cerca de 50 mil pessoas (metade reservista).
Em entrevista à agência de notícias alemã DW, o professor , de política de segurança internacional na Universidade Zeppelin, disse que “os suecos têm um Exército muito moderno, em particular uma força aérea moderna de fabricação própria”.
A Suécia também é conhecida por seus submarinos. Koschut diz que a localização geográfica do país é o principal atrativo da adesão do país à Otan.
Os suecos se comprometeram a aumentar os gastos com defesa para atingir a meta da Otan de 2% do Produto Interno Bruto.
Estêvão Júnior é estagiário da Revista em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
Fonte: revistaoeste