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Aluna brasileira sofre violência em escola em Portugal: vídeo viraliza

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A violência contra uma aluna brasileira de 14 anos, na calçada de uma escola básica, em Santarém, região do Ribatejo, em , viralizou nas redes sociais. A estudante foi agredida por uma colega na última sexta-feira, 23.

De acordo com o jornal O Globo, as cenas foram filmadas por alunos e publicadas nas redes sociais. Os telejornais portugueses também reproduziram a ação contra a estudante brasileira.

A mãe da vítima, Lucélia Marília Oliveira, disse que estava no restaurante onde trabalha quando soube sobre as agressões contra a filha. “Estava no restaurante e disseram: ‘Marília, olha a tua filha na TV’”, disse ao O Globo. “Senti vergonha. Quando vi o vídeo, que já havia recebido sem saber que era minha filha, fiquei desesperada.”

Ela conta que a confusão foi causada por uma estudante portuguesa de outra escola. A menina, que também tem 14 anos, agrediu a colega porque teria ouvido o boato sobre a mãe, que é brasileira.

“Minha filha diz que inventaram fofoca sobre a mãe da agressora e, por causa disso, ela foi tirar satisfação”, contou Marília. “Ficou esperando a hora da saída, às 18h30m, com uma amiga, que filmava enquanto ela batia.”

A cena em Portugal movimentou o noticiário brasileiro

No vídeo é possível ver a agressora se aproximando da aluna brasileira e dando um tapa em seu rosto. Em seguida, a adolescente joga a colega no chão e a imobiliza, desferindo socos no rosto. A filha de Marília foi surpreendida pela ação e não conseguiu reagir.

“Fomos ao hospital e tenho o laudo”, contou ao O Globo. “Minha filha está com hematomas e não quer sair de casa, com vergonha. A escola sugeriu que fique em casa até quarta-feira. Ela chora direto porque vê na TV. Foi noticiado em todos os jornais.”

Marília disse que irá à delegacia com a filha, mas que já apresentou uma queixa na semana passada. Além disso, ela deve se reunir com a escola. A mãe da vítima cobra maior policiamento nas escolas de Portugal.

Essa não teria sido a primeira vez que a filha de Marília sofre agressões. A mãe conta que seus dois filhos já sofreram ameaças e xenofobia na escola. Ela mora sozinha com os filhos em Santarém há quatro anos, desde que o marido foi transferido para trabalhar na França.

“Meus dois filhos sofreram insultos xenófobos e choraram quando ouviram ‘volta para tua terra’”, contou Marília. “Minha filha quer ir embora para o Brasil, sofre com o preconceito e pede socorro. Mas não penso em ir embora, penso que as coisas têm de mudar.”

Brasileira cria petição para policiamento em escolas

A brasileira Juliet Cristino criou em janeiro uma petição para pedir mais policiamento nas escolas em Portugal. A técnica em segurança do trabalho é fundadora do Comitê dos Imigrantes de Portugal.

Nas redes sociais, ela tem divulgado agressões de brasileiros por portugueses nas escolas do país como forma de cobrar maior policiamento nas escolas. Recentemente, postou um vídeo em que uma estudante é agredida no rosto por um aluno.

“Há muita violência nas escolas e isso não pode acontecer”, explicou Juliet. “Temos de colocar policiamento para proteger a nossa nova geração.”

Juliet conseguiu algumas mudanças para os estrangeiros em Portugal e cobra outras medidas de segurança nas escolas, além do policiamento.

“Cadê os policiais?”, perguntou a brasileira. “Estão nos supermercados. Estou pedindo, na petição, policiamento nas escolas, radar a 30 metros da faixa de pedestres de cada escola, monitoramento por câmera em toda a propriedade escolar e que os pais tenham acesso a esse sistema de vigilância.”

Fonte: revistaoeste

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