O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), . Em discurso na Casa Alta, nesta terça-feira, 20, o parlamentar revelou que conversou com o chefe do Executivo sobre o assunto.
“A comparação não é pertinente”, afirmou Jaques Wagner. “Mas a morte de civis na Faixa de Gaza é um absurdo com a desculpa de caçar o Hamas.”
Jaques Wagner é judeu, amigo de longa data de Lula e um dos principais conselheiros do presidente. Ele relatou que disse a Lula: “Não tiro uma palavra do que vossa excelência disse, a não ser o final. Não se traz à baila o episódio do Holocausto para nenhuma comparação, porque fere sentimentos, inclusive meus, de familiares perdidos naquele episódio”.
Parabéns ao senador Jaques Wagner.
Fez um belo discurso. pic.twitter.com/4wuMAusN3o— . (@oantonlojr) February 20, 2024
Mais cedo, o presidente do Senado, (PSD-MG), sugeriu que Lula pedisse desculpas por sua declaração.
“Estamos certos de que essa fala equivocada não representa o verdadeiro propósito do presidente Lula, que é um líder global, conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações”, disse Pacheco. “Motivo pelo qual entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina.”
. “Da mesma forma, esta Casa repele reações desproporcionais e o uso de violência irracional que tenham ocorrido ou estejam ocorrendo na Faixa de Gaza, durante a contraofensiva israelense”, acrescentou.
O presidente do Senado ressaltou que o Senado “não pode compactuar” com afirmações que “comparam a ação militar que está ocorrendo na região neste momento com o ”.
“Genocídio é o extermínio deliberado de um povo, por motivos de diferenças étnicas, nacionais, raciais ou religiosas”, disse Pacheco. “Há um plano para se eliminar aquele grupo. Ainda que a reação perpetuada pelo governo de Israel seja considerada indiscriminada e desproporcional, não há como estabelecer um comparativo com a perseguição sofrida pelo povo judeu no nazismo.”
Fonte: revistaoeste