Moradores de Campo Grande enfrentam dificuldade para conseguir atendimento odontológico nas unidades da rede pública de saúde. Em pelo menos três bairros os compressores dos consultórios estão quebrados, além de outro não ter dentista há mais de cinco anos.
Pelo menos é o que garante a dona de casa Adair Siqueira Pinheiro, moradora da comunidade Tia Eva. Ela conta que para conseguir manter a saúde bucal da família minimamente em dia, precisa se deslocar a outras regiões da cidade.
“Não tem dentista, já tem mais de cinco anos que o dentista aposentou e depois disso nunca mais teve dentista no nosso posto”.
Adair Siqueira, moradora da comunidade Tia Eva
A unidade que se refere é a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) São Benedito, responsável não só pela comunidade Tia Eva, mas todo entorno. No local também não há sala de vacina e pediatria, fato que piora a situação, já que tem dois filhos pequenos em casa.
“Aí eles deslocam a gente para outro posto que fica longe da nossa casa. Fica complicado. Na gestação dele [aponta para o filho bebê] eu precisei ir ao dentista e eu tive que ir em outro posto ou em dentista particular”.
O bairro é outro, mas o cenário o mesmo. Moradora do Estrela Dalva, a estudante Keiti Marin está em busca de atendimento odontológico para a filha desde novembro do ano passado. Chegou a ser agendada para janeiro deste ano, porém, às vésperas, houve cancelamento.
A justificativa? “Me disseram que o equipamento estava quebrado, não disseram qual”. É o compressor da unidade que está sem funcionamento. Os pacientes até estão conseguindo agendamento para datas futuras, só que nem previsão existe para que o concerto seja efetuado.
“Eu fico preocupada porque pode ser que minha filha precise usar aparelho [ortodôntico] e a gente fica esperando sem saber o que vai acontecer”.
Outro lado
Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) disse que o problema na UBSF São Benedito, que atenda à comunidade Tia Eva, será sanado no início de março.
Já os compressores dos bairros Estrela Dalva e Paulo Coelho Machado, estão inclusos no planejamento da manutenção.
Contudo, os atendimentos que não precisam do equipamento estão ocorrendo normalmente. Os que necessitam são encaminhados para outras unidades de saúde.
Fonte: primeirapagina