Rocío San Miguel, advogada, ativista, especialista em questões militares e opositora da ditadura de , foi presa na Venezuela antes de embarcar para o exterior.
O caso foi denunciado por organizações não governamentais (ONGs) de direitos humanos e por políticos de oposição neste fim de semana. Há poucas semanas, 36 pessoas foram presas acusadas de criar cinco planos para assassinar Maduro.
A captura de outras 11 foi ordenada pela Procuradoria-Geral da República venezuelana, um grupo que inclui desde ativistas de direitos humanos a jornalistas e militares em exílio.
Rocío San Miguel ganhou caso contra a Venezuela em 2018
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A ditadura ainda não fez comunicado oficial sobre o caso de Rocío, segundo o jornal O Globo. Os relatos iniciais dos ativistas informaram que a prisão de Rocío ocorreu na última sexta-feira, 9, no de Simón Bolívar, em Maiquetía, Estado de Vargas.
Tarek William Saab, procurador-geral da ditadura de Maduro, foi quem fez o anúncio da neutralização de cinco “conspirações” de assassinato contra o ditador. Uma das conspirações seria a da “Braçadeira Branca”, na qual Rocío San Miguel é acusada de estar supostamente envolvida.
Segundo as autoridades da Venezuela, o plano seria atacar uma base militar em Táchira, na fronteira com a Colômbia, para tomar armas e assassinar líderes chavistas.
Nicolás Maduro está frequentemente denunciando casos de supostas conspirações para matá-lo. A prisão de Rocío se desdobrou em uma onda de manifestações de instituições civis e partidos políticos.
Desde 2012, Rocío e sua filha têm medidas cautelares da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por terem sofrido ataques e assédio. A advogada de 57 anos é presidente da ONG venezuelana , e em 2018 ganhou um caso contra a Venezuela por violação dos direitos políticos e de expressão.
Fonte: revistaoeste