A federação Psol-rede sustentabilidade devem protocolar, na quarta-feira 7, um pedido de cassação contra o Alexandre Ramagem (PL-RJ) ao Conselho de Ética da Casa.
Aliado do ex-presidente Jair bolsonaro, Ramagem é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que apura um esquema de espionagem ilegal de políticos e autoridades na Agência Brasileira de inteligência (Abin).
“Com a bancada do Psol, pedi a cassação do mandato de Alexandre Ramagem no Conselho de Ética da Câmara”, escreveu a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) no X/Twitter, nesta terça-feira, 6. “Seu envolvimento no esquema criminoso de espionagem organizado no governo Bolsonaro, aparelhando a Abin para monitorar autoridades e atrapalhar investigações contra a ‘familícia’, é escandaloso. A Câmara não pode se acovardar, precisa ser investigado e responsabilizado.”
No pedido de cassação, os parlamentares argumentam que Alexandre Ramagem teria violado os princípios da moralidade, impessoalidade e legalidade enquanto esteve à frente do órgão de inteligência.
O documento é assinado por 17 deputados dos partidos. Entre eles, está o deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ), pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro neste ano. Motta deve disputar o posto com Ramagem, que é o favorito na disputa por parte de Bolsonaro.
Entre 2019 e 2022, um programa secreto chamado First Mile teria sido usado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro. Os dados estariam armazenados fora do Brasil. Conforme o diretor-geral da PF, Andrei Passos, a espionagem atingiu 30 mil brasileiros.
No documento da investigação, à qual teve acesso, que tinha o objetivo de “monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas”, “invadindo equipamentos e computadores, além da infraestrutura telefônica”.
Fonte: revistaoeste