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Agronegócio

Agricultores descobrem tecnologia inovadora para maximizar a produtividade da segunda safra de milho: tudo sobre o Sorriso.

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O retorno das chuvas vem estimulando o cultivo de milho em Sorriso, médio-norte de Mato Grosso. A expectativa dos agricultores é que a segunda safra seja mais rentável, visto os impactos negativos na soja diante do baixo desempenho causados pelas adversidades climáticas.

Sorriso município é o que mais produz o cereal no Brasil. Pouco mais da metade dos 500 mil hectares previstos para a temporada, segundo o Sindicato Rural, receberam as sementes. O ritmo é reflexo da agilidade da colheita da soja e boa oferta de chuvas.

Somente no mês de janeiro, salienta o Sindicato Rural, foi registrado um acumulado de aproximadamente 300 milímetros na região.

“Consequentemente assim que ele faz a colheita da soja ele já entra com o plantio do milho. O ano passado nessa época nós tínhamos em torno de 35%, 40% e esse ano estamos acima dos 50% da área de milho já plantada”, comenta Sadi Beledelli, presidente do Sindicato Rural de Sorriso.

A torcida agora é pela manutenção da umidade no campo para garantir o bom desempenho e rendimento da cultura.

“Eu espero que chova bem em fevereiro, março e abril e que a gente possa ter uma grande safra de milho, para que possamos recuperar um pouquinho do prejuízo que o produtor teve na soja”, frisa Sadi Beledelli.

O presidente do Sindicato Rural de Sorriso comenta ainda que cerca de 60% da área destinada para a soja já foi colhida. No que tange as perdas, as estimativas apontam para um volume entre 20% e 25% inferior ao visto na safra passada.

Novas tecnologias para o milho entram em campo

Hoje, o milho é a principal cultura de segunda safra no Brasil. A cada ciclo vem ganhando mais espaço, principalmente em meio as lavouras mato-grossenses, visto seu rendimento e rentabilidade. A inserção de novas tecnologias no campo é considerada um dos fatores para tal expansão do grão.

Em meio as novas tecnologias em fase de teste, o milho de pequena estatura é uma das grandes apostas. De acordo com a pesquisa em torno da tecnologia, ela reúne características que visam dar mais viabilidade ao grão no cerrado.

Matheus de Aguiar Torrezan, agrônomo de desenvolvimento da Bayer, explica que a principal característica da nova cultivar é o adensamento de folhar.

“Consequentemente temos vários benefícios por essa característica, um acesso por um tempo mais integral durante a cultura. Então, não temos uma limitação pós-pendoamento para estar entrando exclusivamente com aplicação área, para tratar com inseticidas e, principalmente, fungicidas aqui na região do cerrado”.

O agrônomo salienta ainda que o milho tendo uma baixa estatura o produtor consegue entrar na lavoura com um pulverizador durante todo o ciclo da cultura, ou seja, não é necessária a realização de aplicação área.

“Outra característica é a proteção em relação a tombamento, quebramento. O ponto de inserção da espiga em relação a planta continua o mesmo, mas a espiga em relação ao solo ela está mais próxima. O ponto de equilíbrio da planta está mais ajustado”, diz Matheus Torrezan.

Outro fator diferencial da tecnologia é o desbloqueio do teto produtivo em relação a população de plantas.

Redução de 30% na estatura

Conforme a Bayer, com redução de aproximadamente 30% na estatura, o material está em fase de testes e aperfeiçoamento. a previsão é que o lançamento ocorra na safra 2026 ou 2027.

Produtor em Mato Grosso, Rui Prado pontua que se tem gastado muito com defensivos voltados para combater a cigarrinha do milho, percevejos, entre outras pragas, doenças e plantas daninhas.

“Eu acredito muito em tecnologias como essa, que para a gente são simples de usar. Ou seja, você já vai comprar uma semente que já vem isso dentro. Uma planta com menor arquitetura, menor tamanho, mas com a produtividade preservada e até mesmo podendo ser maior”.

Segundo o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, tais inovações para o segmento do agronegócio são de suma importância.

“Esse trabalho da empresa demonstra uma responsabilidade e traz grandes inovações para o nosso segmento do agro. A gente vê a pesquisa, isso é resultado, isso é mais economia. Isso é melhorar o estande da lavoura e eu falo, a agricultura é o que é hoje pelo trabalho que vem sendo desenvolvido e que está sendo entregue para o produtor rural”.

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Fonte: canalrural

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